O acordo de armamento inclui a venda de bombas, kits de orientação e foguetes no valor de 6,75 mil milhões de dólares (6,54 mil milhões de euros), bem como mísseis Hellfire no valor de 660 milhões de dólares (640 milhões de euros), de acordo com a informação do Departamento de Estado ao Congresso norte-americano.
A proposta de venda de bombas "aumenta a capacidade de Israel para enfrentar as ameaças atuais e futuras, reforça a sua defesa nacional e serve de impedimento às ameaças regionais", pode ler-se num comunicado da Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA (DSCA).
O anúncio surge numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está em Washington durante toda a semana.
Numa conferência de imprensa conjunta na terça-feira, os dois líderes destacaram a decisão de Donald Trump de remover todos os obstáculos à entrega de bombas a Israel, que o presidente democrata Joe Biden suspendeu sob a alegação de que a sua utilização causaria uma "grande tragédia humana".
Trump propôs também na terça-feira, na conferência de imprensa conjunta com Benjamin Netanyahu, "assumir o controlo" da Faixa de Gaza e reconstruí-la, transformando-a na nova "Riviera do Médio Oriente", depois de realojar definitivamente os palestinianos nos países vizinhos.
Na quinta-feira, Trump insistiu que a Faixa de Gaza será "entregue aos Estados Unidos por Israel no final dos combates" e que entretanto os palestinianos "já terão sido realojados" noutros locais da região, principalmente no Egito ou na Jordânia.
Ambos os países rejeitaram esta ideia, que gerou amplos protestos internacionais, com a ONU a alertar contra qualquer tentativa de "limpeza étnica".
O plano de Trump foi também recusado veementemente pelo grupo islamita Hamas, que controla o Governo na Faixa de Gaza, e pela Autoridade Palestiniana na Cisjordânia ocupada.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e a destruição da maioria das infraestruturas do enclave, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas desde 2007.
O conflito também provocou cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
Os combates foram suspensos desde 19 de janeiro por um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
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