
O mundo da tauromaquia está de luto. Morreu, inesperadamente, Luís Manuel Azevedo, fotógrafo taurino de referência, natural de Vila Franca de Xira, onde nasceu a 10 de fevereiro de 1946 e onde faleceria subitamente a 12 de julho de 2025. A notícia da sua morte abalou profundamente os meios ligados à Festa Brava, onde era reconhecido como um nome incontornável da fotografia taurina em Portugal.
Proprietário do emblemático EstúdioZ, Luís Azevedo foi, durante décadas, uma presença assídua nas principais praças de touros do país. Com um olhar atento e artístico, captou milhares de imagens que hoje fazem parte do património visual da tauromaquia portuguesa. O seu espólio fotográfico é considerado um dos mais valiosos da temática taurina em Portugal, fruto de um trabalho rigoroso, apaixonado e com enorme conhecimento da cultura tauromáquica.
Figura afável, discreta e respeitada, era também cunhado do bandarilheiro Jorge Domingos Rodrigues, falecido a 20 de junho de 2020, com quem partilhava o amor pelo mundo dos touros.
A notícia do seu falecimento foi recebida com consternação por amigos, aficionados, profissionais do setor e por todos os que, ao longo de anos, partilharam com ele o redondel e os bastidores da tauromaquia nacional. A sua perda deixa um vazio profundo num universo onde a imagem é parte essencial da memória, e onde o seu trabalho contribuiu de forma ímpar para a valorização e preservação do património tauromáquico.
Luís Azevedo parte, mas deixa uma marca indelével no imaginário taurino português, pelas mãos e pelas lentes de quem soube eternizar a emoção, a arte e o risco da Festa Brava.
A afición despede-se agora de um dos seus mais fiéis registos visuais, com o reconhecimento de quem soube ver o que muitos não conseguiam captar: a alma do touro e do toureiro, o instante fugaz tornado eterno em fotografia.