Equilíbrio na 1.ª parte, descalabro benfiquista na 2.ª: o Sporting somou a quarta vitória em quatro jogos na fase final do campeonato no Pavilhão N.º2 da Luz. O segredo esteve no processo defensivo coriáceo da equipa de Ricardo Costa, que motivou os nervos de um adversário errático, que claudicou demasiadas vezes em momentos decisivos.

Início de jogo frenético, com 20 golos marcados (10 para cada lado) nos primeiros 13 minutos. Tal fez com que Ricardo Costa trocasse de guarda-redes, com Mohamed Aly a render André Kristensen. O egípcio fez logo três defesas, o que permitiu que o líder do campeonato ganhasse uma vantagem de dois golos (14-12) pela primeira vez no jogo aos 22’, com um golo de Salvador Salvador.

Belone Moreira liderava bem o ataque do Benfica, que, no entanto, começou a cometer alguns erros técnicos, que o Sporting punia com ataques rapidíssimos. Só Capdeville permitia que o Benfica se mantivesse na luta pelo resultado ao intervalo (16-17).

Ora quando Jota González decidiu atacar com sete jogadores no início da 2.ª parte, o Benfica tornou-se muito ineficaz na frente. As jogadas eram precipitadas e foram desperdiçados ataques em catadupa. Aproveitou o Sporting para disparar no marcador, com Salvador Salvador a fazer o 25-18 para os leões aos 40’. Início de 2.ª parte desastroso para as águias.

O Sporting controlou depois a vantagem, chegou a estar a ganhar por 36-27, com Salvador Salvador a fazer uma exibição monumental – marcou nove golos (melhor marcador do jogo), o último deles a mais de 30 metros da baliza, aproveitando a ausência do guarda-redes na baliza. 

Os leões têm agora 44 pontos, mais cinco do que o FC Porto, que só joga este domingo com o Marítimo. O bicampeonato está mais perto para os leões, que venceram o Benfica pela quinta vez esta época.