Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, não ficou satisfeito com o desperdício dos seus jogadores, essencialmente, na primeira parte. Técnico ainda admitiu que há várias coisas para corrigir, depois de ter sofrido cinco golos, em casa, nos dois últimos jogos para a Liga. Ao ser questionado sobre se acha necessário ir agradecer junto dos adeptos no final de todos os jogos, o treinador referiu que vai conversar com os jogadores.
- Que análise faz a esta partida, na qual chegou ao empate nos minutos finais?
- Fizemos uma primeira parte em que podíamos estar a ganhar por 3 ou 4 zero, porque as oportunidades foram flagrantes e não conseguimos marcar. Um ritmo baixo que o Famalicão pretendia, pois tinha as linhas baixas e juntas. Por ironia do destino, no primeiro lance de relativo perigo, com um livre lateral, o Famalicão chegou ao golo. Na segunda parte, também chegámos perto da baliza do adversário. Mas, com perdas de bola em que estávamos a arriscar demasiado sofremos os dois golos, numa eficácia tremenda. Jogo com várias paragens, mas conseguimos chegar ao empate e ainda tivemos uma boa oportunidade para chegarmos ao 4-3. Labor do Famalicão, pelo trabalho e vontade de chegar ao golo, mas a nossa equipa merecia vencer.
- O que pretendia com Ricardo Horta no banco e se foi por cansaço que o deixou como suplente?
- Tem uma sequência de jogos tremenda, joga sempre e temos de ter algum cuidado com ele, para não acontecer aquilo que já sucedeu com outros jogadores. No início, com três médios podíamos segurar mais a bola e ter mais gente para contrariar o Famalicão. Não sei se jogasse de início faria esta exibição, nunca saberemos.
- Mais três golos sofridos, considera que a equipa está emocionalmente deficitária?
- Sinceramente acho que não. Estamos a sofrer mais golos do que é normal nas nossas equipas. Estávamos com um equilíbrio entre marcados e sofridos, jogamos no limite do risco, mas temos de corrigir alguns aspetos. Vamos ter analisar e retificar o que houver para corrigir.
- Houve alguns jogadores que não gostaram da atitude dos adeptos. Considera que é necessário ir junto dos adeptos, no final de todos os jogos?
- É uma situação que vou abordar com o grupo de trabalho. Eu próprio saí, logo após o apito final e não tem nada a ver com os adeptos, mas sim com a preparação para a flash e para a conferência. Vou ouvir os jogadores e procurar saber qual é a opinião deles, pois é mais importante que a minha neste aspeto.