A Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) nega que tenha existido uma tentativa de fuga na prisão de Coimbra. A entidade alega que tudo não passou de uma denúncia feita numa chamada anónima, que está agora a ser investigada.

Este domingo, o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional tinha revelado que 30 guardas e uma equipa de intervenção haviam sido acionados, após um alerta de que seis reclusos estariam a tentar fugir do estabelecimento prisional de Coimbra.

De acordo com o presidente do sindicato, os reclusos em causa estariam ligados ao grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando Capital (PCC) do Brasil e a fuga só não teria acontecido porque o plano havia sido detetado atempadamente.

Num comunicado divulgado, esta terça-feira, pelo Ministério da Justiça e pela Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais, é desmentida a existência de uma tentativa de fuga.

A DGRSP e a tutela afirmam que não foramrecolhidas “provas, evidências ou indícios de qualquer tentativa de fuga”.

Vão mais longe e, sem nomearem diretamente o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, falam em extrapolações “estranhas aos acontecimentos”, declarando que é falso que a suposta fuga “tenha sido detetada ou impedida pelos guardas prisionais”.

É também falso, afirmam, “que todos os reclusos em causa pertençam ao Primeiro Comando Capital (PCC) do Brasil” e que “tenha havido qualquer intervenção dos Serviço de Informações e Segurança (SIS).

“O único facto concreto a reportar foi o recebimento de um telefonema anónimo” a alertar para uma suposta “iminente fuga” dos reclusos da prisão de Coimbra, continuam.

É explicado, no comunicado, que, não conseguindo apurar de imediato a origem e a credibilidade do telefonema anónima, foram acionadas medidas preventivas de segurança e de articulação com órgãos de polícia criminal. Mas apenas por “meras razões de cautela”.

Mais tarde, quando foram, realizadas as “diligências e procedimentos de segurança, não houve qualquer prova que confirmasse “a existência de um plano, meios de fuga ou sequer tentativa de evasão.

O Ministério da Justiça e a DGRSP adiantam ainda que estão a apurar eventuais responsabilidades – que poderão ser “disciplinares ou criminais” - quanto aos factos que, afirmam, causaram “alarme social” e perturbaram o funcionamento da cadeia.