As sondagens dão vitória ao PSD na Madeira, se a região autónoma for para eleições. Ainda assim, o executivo de Miguel Albuquerque ficaria, mais uma vez, sem maioria absoluta e dependente de outros partidos para conseguir estabilidade governativa.
O Orçamento para 2025 apresentado pelo governo de Miguel Albuquerque foi chumbado, esta segunda-feira, pelo Parlamento Regional da Madeira. É a primeira vez que acontece, na História da região autónoma. PS, JPP, Chega, IL e PAN juntaram-se no voto contra.
O líder do governo regional afirmou que, “se for necessário”, a Madeira vai a eleições (apesar de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não querer, para já, equacionar essa hipótese). E “vamos ganhar”, assegurou Miguel Albuquerque.
E ao que indicam as sondagens divulgadas, esta terça-feira, pelas publicações regionais, Miguel Albuquerque estará certo.
PS em segundo, mas Albuquerque e Cafôfo iguais em popularidade
Uma sondagem da Intercampus para o Jornal da Madeira aponta para, em caso de eleições, uma nova vitória do PSD - que até regista uma subida dedeputados (de 19 para 20), apesar de continuar a não conseguir chegar à maioria absoluta.
Segundo esta sondagem, o PS surge em segundo, conseguindo eleger 11 deputados e o JPP em terceiro, mas a descer e a perder dois eleitos. O Chega perderia um deputado, o CDS e o PAN segurariam a representação parlamentar e o Bloco de Esquerda conseguiria eleger e regressar ao parlamento regional.
Também a sondagem da Aximage para o Diário de Notícias da Madeira atribui a vitória ao PSD, apesar de apresentar algumas diferenças. O partido ficaria, de acordo com esta sondagem, com os mesmos 19 deputados. Já o Chega, sobe nas intenções de voto e elege cinco deputados. O PS surge em segundo lugar, perdendo um deputado. JPP, CDS e PAN mantêm-se com o mesmo número de eleitos. Quanto à IL, passa de um para dois deputados.
A sondagem fala também num empate, quanto à popularidade junto do eleitorado, entre o líder dos sociais-democratas e o líder dos socialistas na região, Miguel Albuquerque e Paulo Cafôfo- ambos com apenas 23%.
A hipótese de a Madeira ir para eleições pode estar mesmo em cima da mesa, uma vez que o Chega apresentou uma moção de censura para fazer cair o governo regional– e que o PS e o JPP já anunciaram que votarão a favor da mesma. A discussão está marcada para o dia 17 de dezembro.