A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) confirmou esta segunda-feira que em média as tarifas das famílias que são abastecidas no mercado regulado de eletricidade subirão 2,1% em janeiro, conforme a proposta de outubro.

Segundo os cálculos da ERSE, essa atualização significará um acréscimo de 0,64 euros na fatura mensal de uma família com um consumo anual de 1900 kilowatts hora (kWh), e um agravamento de 1,6 euros mensais para os agregados com consumos anuais de 5000 kWh.

No entanto, considerando o efeito combinado do agravamento tarifário e das alterações já aprovadas ao IVA da eletricidade, a fatura final das famílias no mercado regulado em janeiro deverá ser aliviada em 0,85 euros mensais para o perfil de menor consumo e em 0,91 euros no perfil de maior consumo.

A versão definitiva da ERSE para as tarifas de eletricidade para 2025 abrange cerca de 870 mil famílias que são hoje abastecidas no mercado regulado.

No entanto, o regulador também definiu as tarifas de acesso à rede (TAR) para o próximo ano, que são transversais a todos os comercializadores de eletricidade, incluindo os que servem os quase 5,7 milhões de clientes no mercado liberalizado.

Nas tarifas de acesso a ERSE aprovou uma descida de 3,6% na baixa tensão normal (o segmento que serve o consumo doméstico), um alívio mais ligeiro do que a descida de 5,8% que constava da proposta tarifária anunciada em outubro.

Para os clientes do mercado livre a variação da fatura final dependerá das condições de cada fornecedor, combinando o efeito da descida de 3,6% nas tarifas de acesso e de outras variações (para cima ou para baixo) na componente de energia e na margem de comercialização de cada fornecedor.

O maior fornecedor do mercado livre, a EDP Comercial, já anunciou que em janeiro baixará em 6% a componente de energia. A Galp, outro dos maiores fornecedores do mercado livre, também aprovou, mas já a partir de dezembro, uma descida similar, de 6%, na parcela de energia da fatura dos seus clientes domésticos.