
Morreu na passada sexta-feira, dia 21 de fevereiro, Clint Hill aos 93 anos. O antigo agente secreto ficou conhecido por ter saltado para a limusina onde seguia o ex-Presidente norte-americano, John F. Kennedy, assassinado em 1963, em Dallas, nos Estados Unidos.
Clint Hill morreu em casa na região de Belvedere, no estado da Califórnia, de acordo com a sua editora, Gallery Books, embora a causa da morte não tenha sido divulgada.
John F. Kennedy foi brutalmente assassinato por Lee Harvey Oswald, a 22 de novembro de 1963. Aquele que foi o quarto Presidente dos Estados Unidos a ser assassinado, seguia numa limusina presidencial ao lado da esposa e primeira-dama, Jacqueline Kennedy.
Atrás noutra viatura seguia Clint Hill, na altura com 31 anos, encarregue de proteger Jacqueline Kennedy. Durante o tiroteio, que atingiu John F. Kennedy na cabeça, o antigo agente secreto subiu para a limusina ainda em movimento e impediu que Jacqueline Kennedy fosse projetada para fora da mesma.
Até à chegada ao hospital, Clint Hill cobriu com o seu corpo a primeira-dama e John F. Kennedy.
Apesar de ter salvo a vida da primeira-dama norte-americana e ter recebido várias distinções pela seu ato heroico, Clint Hill passou décadas a culpabilizar-se pela morte de JFK.
“Se eu tivesse reagido um pouco mais depressa. E podia ter reagido, acho eu”, disse Clint Hill no programa 60 minutos da CBS, em 1975.
O antigo agente secreto acabou por se reformar aos 43 anos, a pedido dos seus médicos, por não conseguir lidar com os fantasmas do passado.
"Por alguma razão, a minha vida foi poupada e a do Presidente não. Agora, aos 92 anos, já me conformei com o meu lugar na história. Eu tentei. Não fui bem sucedido, mas pelo menos tentei", escreveu Clint Hill numa publicação partilhada na rede social Instagram , em novembro do ano passado.