
As ruas da vila de Montoito, no concelho de Redondo, recuam este fim de semana à época medieval com a realização de mais uma edição da Feira Medieval. O evento, promovido pelo Município de Redondo com o apoio da Junta de Freguesia local e produção da Episódio – Produções Culturais, decorre nos dias 7 e 8 de junho, com entrada livre.
Durante dois dias, a Praça 25 de Abril e a Rua Dr. António José de Almeida são palco de cortejos históricos, torneios e recriações de justas medievais, teatro de rua, espetáculos de fogo, demonstrações de falcoaria, danças orientais e exibição de répteis. A programação inclui também o Mercado Medieval, com artesãos, mercadores, taberneiros, doceiros e produtores de gastronomia regional.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Redondo, David Galego, trata-se de «um momento marcante aqui na freguesia», que permite «reviver a Ordem de Malta e toda a história que esta vila tem». O autarca sublinha ainda que este tipo de iniciativas «são sempre vividas com muita intensidade pela população» e representam uma oportunidade para «continuar a acarinhar e a promover» o património local.
O programa contempla ainda a leitura da Carta de Feira, a reconstituição de um acampamento castrense, espetáculos com saltimbancos, malabaristas e trovadores, bailias orientais, bênção eclesiástica, um leilão de Espírito Santo e a encenação da condenação e execução de hereges. A animação prolonga-se até à madrugada, com música e DJ.
David Galego considera que esta recriação histórica é também um instrumento de dinamização económica local. «Criamos uma série de iniciativas de âmbito cultural que são também um motor da economia», afirmou, destacando o impacto positivo na restauração, comércio local e movimento associativo. «O investimento público é feito para que seja reprodutivo na sociedade e na comunidade», acrescentou.
O evento, segundo o autarca, é construído em parceria com as forças vivas da freguesia. «É de facto um trabalho em comunidade, em conjunto, para que todos possamos ter benefícios, não só o concelho por continuar a promover a sua história, a sua identidade, mas também os agentes locais», referiu.
O presidente da câmara sublinha ainda que Montoito «já foi, em tempos, um pólo importante de atractividade em termos medievais» e que a feira é uma forma de reconhecer os antepassados e preservar a memória da vila. «Esses momentos permitem-nos fazer todo esse trabalho de não apagar da história a importância da vila de Montoito e da Ordem de Malta», concluiu.