
A Corticeira Amorim vai transferir em junho a unidade de produção de cortiça expandida localizada em Silves para a unidade de Vendas Novas, para assegurar uma “maior competitividade” do negócio, anunciou hoje a empresa.
“Após uma avaliação das capacidades produtivas existentes em várias unidades industriais da Amorim Cork Solutions, foi decidida a transferência, a partir de 09 de junho, da unidade industrial de Silves para a unidade industrial de Venda Novas (que também produz produtos de isolamento)”, lê-se numa informação enviada hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo sustenta, “a decisão baseou-se unicamente na eficiência operacional, considerando exclusivamente questões de mercado, capacidade instalada versus dimensão do mercado e a localização do montado de sobro”.
O objetivo é permitir “uma maior competitividade” do negócio de cortiça expandida, beneficiando da “maior proximidade das matérias-primas utilizadas e da concentração dos investimentos necessários para obtenção de maior produtividade”.
A agência Lusa pediu à Corticeira Amorim esclarecimentos adicionais sobre esta reorganização, aguardando ainda uma resposta.
Esta transferência acontece no âmbito dos “importantes investimentos em novas tecnologias” que a Corticeira Amorim diz estar a fazer “com vista ao relançamento do negócio de cortiça expandida”, que no início deste ano foi integrado na nova unidade de negócio Amorim Cork Solutions.
Esta nova unidade de negócio foi criada para incorporar as atividades de pavimentos e isolamentos da empresa, concentrando as atividades da Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation, de forma a assegurar “uma gestão mais integrada das operações e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte, fortalecendo o negócio ‘não rolha’”.
No comunicado hoje divulgado, o presidente e presidente executivo (CEO) da Corticeira Amorim afirma que a criação da Amorim Cork Solutions “marca uma nova etapa na história da empresa”.
António Rios de Amorim considera que a “melhoria significativa da rentabilidade desta unidade de negócio, já no final de março, evidencia os efeitos de uma gestão mais eficiente das operações e de otimização de ativos existentes, bem como das sinergias decorrentes da partilha de meios e recursos”.
O lucro da Corticeira Amorim aumentou 2,1%, para 16,4 milhões de euros, no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2024, tendo as vendas recuado 2,2% para 229,4 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.
Num comunicado enviado à CMVM, a corticeira refere que, excluindo o efeito de alteração do perímetro de consolidação decorrente da venda da participação na Timberman Denmark, as vendas teriam subido 1,3%.