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Blaya recorreu recentemente às redes sociais para contar um episódio que aconteceu no Dia dos Namorados. A cantora explicou que foi celebrar o dia 14 de fevereiro com o companheiro, João Barradas, e os filhos, Lau, de sete anos, e Theo, de três anos, e foram a um restaurante.
"Almoçar e jantar com crianças é uma logística cansativa. Eu levei umas pistas que fiz para o Theo, carros para ele brincar se por acaso ele ficasse farto, que fica sempre. Fartou-se cinco minutos depois de lá estar sentado e, entretanto, comecei a inventar brincadeiras para eles os dois", começou por dizer.
"Acho que alguns restaurantes deveriam ter uma espécie de uma sala com porta onde coubessem lá três ou quatro famílias. Sempre que uma família reservasse uma mesa naquela sala, aquela família já iria saber que ia ser o caos, que as crianças iam sair da mesa, que iam brincar no chão, que iam fazer barulho. Eu sou o tipo de mãe que deixa as crianças brincar, acabo por ser um bocado chata para as outras pessoas. Entendo que as outras pessoas queiram comer sem barulho e à vontade", explicou.
"Realmente eu não consigo ir a um restaurante com os meus filhos e fazer com que eles fiquem calados, só se eu lhes der o telemóvel. Eu não dou [o telemóvel], arranjo sempre outras atividades para eles fazerem. Essas atividades implicam sempre bastante barulho", acrescentou.
Posteriormente, Blaya decidiu responder a um internauta que lhe fez o seguinte comentário: "Disciplina, impor limites também faz parte da educação", lê-se. Através de outro vídeo, a artista decidiu dar o seu ponto de vista: "Muitas vezes, por mais que os pais digam 'não faças barulho', se uma criança está há muito tempo num sítio sem fazer nada, acaba por ficar um bocado aborrecida e acaba por arranjar coisas para fazer. Eu entendo perfeitamente todas as pessoas que estejam à volta de uma família com filhos que estejam a fazer a barulho, que estão a ser incomodados., mas ainda existe aquela pressão com os pais e as mães que levam os filhos para comer fora, que tem tudo de ser perfeito", disse.
"Não é não" - O vídeo de Blaya a ensinar filha a impor-se na escola
"Se nós adultos somos imprevisíveis, imaginem crianças. Acreditem que nós estamos a fazer o nosso melhor para que ninguém fique ali incomodado. Eu educo os meus filhos para serem bons para as outras pessoas, para serem amigos, para serem felizes com pequenas coisas. Por exemplo, a Lau que já tem sete anos eu consigo controlar melhor, mas o Theo que tem três anos não dá. Eu não me vou estar a chatear com uma criança só porque ela não para quieta. O que eu vou a fazer é tentar arranjar um solução, uma brincadeira, para que o meu filho fique a fazer aquela atividade durante algum tempo sem incomodar tanto as pessoas, mas eu faço o meu melhor", continuou.
"Se uma criança de três anos já entende muito bem o que é o limite, eu acho que não é normal. Vou ser crucificada por aquilo que acabei de dizer, mas para mim é o que faz sentido. Afeta-me muito essas coisas porque nós não queremos incomodar as pessoas, mas já evitamos ir a certos sítios porque já sabemos que as nossas crianças vão incomodar os outros. Já ficamos em casa, tentamos evitar e depois quando há exceção incomodamos as pessoas e sentimos que não estamos a dar o nosso melhor, mas estamos a dar o nosso melhor", rematou.