Segundo Ico Costa, a queixa-crime foi apresentada contra desconhecidos, "por difamação agravada e por falsidade de identidade digital".

Embora este caso diga respeito a uma denúncia de alegada violência doméstica, a produtora de cinema Terratreme Filmes, que trabalhou com Ico Costa em vários filmes, afirmou, em nota de imprensa, que nunca recebeu "quaisquer queixas de maus tratos, no modo de violência física ou psicológica" em relação ao realizador.

Contactada hoje pela Lusa, a associação MUTIM - Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento confirmou que recebeu a carta aberta da denúncia numa mensagem por correio eletrónico, endereçada ao festival dinamarquês de documentário CPH:DOX, onde o filme "Balane 3" foi exibido em março.

"O pedido lançado por este 'email' apelava a que outras vítimas se apresentassem e a que os festivais de cinema deixassem de programar os filmes de Ico Costa", explicou Mariana Liz, da direção da MUTIM.

A associação refuta a informação de que estaria a organizar "um encontro de alegadas vítimas do realizador em questão" e adiantou que não recebeu outras denúncias em relação a este caso.

Mariana Liz explicou ainda que a MUTIM já tem recebido "partilhas que, não identificando agressores, relatam situações de violência, assédio e abuso" e que, por falta de meios, direciona essas denúncias "para os canais oficiais".

"A MUTIM não prevê neste momento acionar nenhum mecanismo em relação a este caso, nem considera que tal lhe tenha sido solicitado", ressalvou.

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