O Fundo Europeu de Investimento (FEI) anunciou esta terça-feira, 12 de novembro, na Web Summit, a alocação de 90 milhões de euros para três fundos de capital de risco portugueses, esperando que gerem mais de 400 milhões de euros no ecossistema europeu.

Em conferência de imprensa na cimeira tecnológica Web Summit, a presidente do FEI, a finlandesa Marjut Falkstedt, fez o anúncio da alocação destas verbas para os fundos de capital de risco Armilar, Faber e 33N.

"Em última análise, estes fundos gerarão mais de 400 milhões de euros para o ecossistema europeu de capital de risco para acelerar o crescimento das startups", acrescentou a responsável, destacando os domínios da inteligência artificial, da cibersegurança ou de machine-learning. A seleção destes três fundos resultou, de acordo com Marjut Falkstedt, de "um processo competitivo", sendo que no caso da Armilar e da Faber já houve cooperação com o FEI.

A responsável do FEI sublinhou a importância dos fundos de capital de risco e dos seus gestores, que "são os agentes de mudança". "São eles que fazem as mudanças sobre que tipo de tecnologia, de serviço, aplicação ou inovação é que são importantes para nós", afirmou.

"Nos casos da Faber e da Armilar, continuamos a trabalhar com velhos e bons parceiros", registou, remetendo para a colaboração na iniciativa Portugal Tech, enquanto na 33N há um "investimento numa equipa estreante".

A condição de estreante da 33N junto do FEI não é uma condicionante para a responsável, que acrescenta que é um fundo de capital de risco que também conta com investimento do fundo Futures do Luxemburgo. "É assim que aumentamos o poder de fogo da União Europeia", defendeu.

O anúncio foi feito junto do chefe de equipa e chefe de representação adjunto da Comissão Europeia em Portugal, António Vicente, e do ministro da Economia, Pedro Reis. Na sua intervenção, Pedro Reis saudou o investimento do FEI, mas também o contributo do Banco Português de Fomento (BPF) e o papel da sua presidente, Ana Carvalho.

Pedro Reis assinalou que os fundos de capital de risco são "também um motor de transformação" e que estes investimentos permitem aos projetos "crescer por si próprios, eliminar barreiras e deixá-los respirar, crescer e investir".