ISRAEL (4) — Nada podia fazer no primeiro golo do Boavista, todavia, no 2-2 foi surpreendido pelo remate espontâneo de Bruno e podia ter feito melhor. Ainda saiu a falso uma outra vez, sublinhando que a questão da baliza não está totalmente resolvida em Alvalade.
QUARESMA (4) — O mais discreto com bola nos primeiros 45 minutos, em que foi fiável na construção e pouco mais. Confundiu Debast no 1-1 e estava demasiado longe do belga no 2-2.
DEBAST (3) — A novidade no onze. Numa posição mais central, foi conseguindo, a espaços, colocar em campo a qualidade que tem no passe vertical, ainda que os avançados dos axadrezados estivessem atentos. As suas piores ações surgiram em momentos defensivos. Bozenik roubou-lhe a bola aos 41', o que provocou uma transição rápida ao Boavista, concluída com remate torto, e logo depois esqueceu-se nas suas costas do eslovaco, que cabeceou para o empate, porque, aparentemente, tentou compensar a perda de controlo de Quaresma sobre a chegada de Reisinho. Depois, surgiu tarde e macio junto de Bruno no segundo empate da partida.
MATHEUS REIS (4) — Grande passe a isolar Maxi Araújo no canal lateral-central aos 19', mas o uruguaio atrapalhou-se antes de finalizar. Viu o amarelo (40') por andar aos encontrões a Abascal, porém foi depois capaz de deixar Agra sem pressão no cruzamento para a igualdade.
CATAMO (6) — Muito mais confortável agora sobre a direita do que do lado contrário no início da época, conseguiu várias combinações com Trincão, em que se libertavam à vez para finalizações. Aos 12, registou um dos seus melhores momentos, ao atirar forte por cima. Já aos 54', falhou a oportunidade que daria outra tranquilidade aos leões. Um dos melhores.
HJULMAND (5) — Âncora sobre a direita a servir de apoio para as movimentações e combinações de Trincão e Catamo, fez alguns cruzamentos à procura da referência Gyokeres, sem grande sucesso. Não conseguiu impor o seu remate e foi perdendo fulgor ainda na reação à perda, tal como toda a equipa. Atrasado na jogada do 1-1, fez corte decisivo aos 83' num livre lateral dos forasteiros.
JOÃO SIMÕES (5) — Teve uma oportunidade para visar a baliza, após amortecimento de Gyokeres, mas Seba Pérez reagiu rápido às suas intenções e cortou. Dois minutos depois, aos 32', tentou devolver a amabilidade ao sueco, mas este não estava à espera que a bola lhe chegasse e deixou que fugisse. Teve personalidade e simplificou.
MAXI ARAÚJO (5) — Feia a simulação de falta para penálti aos 9', numa altura em que estava muito em jogo. Atrapalhou-se aos 19', quando tinha tudo para marcar, e foi caindo exibicionalmente até ao intervalo. Aos 50', quando parecia que ia complicar outra vez, descobriu Trincão para o 2-1.
GYOKERES (6) — A primeira grande oportunidade pertenceu-lhe, mas o que César lhe ofereceu César negou-lhe, desviando para canto. A segunda também foi sua, aos 15', cabeceando ao lado, após cruzamento de Trincão. Era uma questão de tempo. E foi mesmo, à terceira. Infantilidade de Pedro Gomes, que atrasou sem força para o seu guarda-redes. O sueco percebeu e fez o primeiro. Continua a falhar mais do que o habitual, mas compensou com a assistência para o 3-2 final.
QUENDA (5) — Bom o passe a isolar Catamo aos 17', quando tentou fugir da esquerda para terrenos mais centrais. O novo posicionamento parece, de facto, limitá-lo um pouco para já. Ainda descobriu Gyokeres na jogada decisiva da partida.
HARDER (4) — Entrou para dar energia ao ataque, mas o jogo estava partido e o Boavista à procura de um ponto.
DIOMANDE (5) — Reforçou a defesa em hora crítica.
ARREIOL (-) — Deu alguma frescura ao miolo e lutou.