![Rui Borges: “Sentiu-se o nosso défice físico. Nestes jogos precisamos de estar a 200% e nem sequer a 100% estamos”](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O que explica o contraste da primeira para a segunda parte?
“Foi uma grande primeira parte pela qualidade que metemos no jogo, pela capacidade de sermos pressionantes e condicionar, de encurtar duelos, fomos muito competentes e merecíamos sair a ganhar ou, pelo menos, com um golo marcado. Na segunda parte fomos muito reativos, acabámos por sofrer golo numa fase em que o jogo estava equilibrado, nos primeiros 10 minutos. O Borussia entrou melhor, ganhou dois ou três cantos seguidos. No 1-0 até nem estamos desequilibrados, mas o avançado foi mais forte no duelo.
Depois fomos abaixo em termos anímicos um pouco e sentiu-se claramente o nosso défice físico. Não me quero desculpar, longe disso, mas é claro. Entrámos nessa fase em que só reagimos depois das coisas acontecerem e acredito que tenha a ver com o défice físico e o impacto do golo do Borussia Dortmund. Fomos pouco proativos, perdemos um bocadinho o equilíbrio coletivo e acabámos por sair com um resultado que acaba por ser injusto. Deixámos o jogo entrar, na segunda parte, num momento que o Borussia gota, com espaço, que dá para acelerações dos seus homens no último terço. Fomos penalizados por isso e com estas equipas não podemos ser pouco protativos e reativos. Nestes jogos precisamos de estar a 200% e nem sequer a 100% estamos.”
Este défice físico já é recorrente
“É o que é, tenho que me adaptar, não estou a dizer isto para me desculpar, não gosto de me desculpar de nada, temos de ser mais competentes e melhorar algumas coisas. Agora, há coisas que são claras, sentimos que os jogadores não estão claramente como nos desejamos. Por aquilo que é a exigência destes jogos e sendo a competição que é, temos de estar para lá dos 100% em termos físicos. Não estamos, andamos aqui a tentar ganhar minutos com o Viktor, com o Dani, com o Morita, malta a ganhar tempo, o Matheus também.
O futebol é isto, não serve de desculpa porque fomos capazes na primeira parte, mas o desgaste sente-se perante uma equipa que tem grandes jogadores e em pequenos pormenores, resolvem.”
Nota-se que Gyökeres não está bem, mas vai jogando
“Para conseguirmos dar também algum tempo ao Viktor, é importante porque teve uma paragem, precisamos dele na melhor forma, mas mesmo não estando a 100% cria um impacto nos adversários, na própria equipa, dá um ânimo diferente. Com o Morita é igual. São decisões que tomamos de consciência tranquila, tentando sempre fazer o melhor. Nem sempre vai dar resultado, hoje não deu, agora é olhar já para o jogo de sábado que é muito importante.”
Porquê tanto secretismo em redor da sua condição física?
“Não há secretismo nenhum. Não sou médico, não vou estar aqui a especificar que tipo de lesão teve. Ele está em fadiga, teve um problema, está em recuperação como os outros. Aceito um bocadinho que a malta se preocupe mais pelo impacto que ele tem, porque é diferenciado, mas não temos de estar sempre a toda a hora… Ele está condicionado e é mais um. Tenho sido sempre honesto, quando está em dúvida, digo que está em dúvida, hoje disse que estava convocado e disponível para o jogo, independentemente daquilo que é o tempo. Temos que nos adaptar, mas estamos felizes por estar novamente disponível.”
O foco agora passará para o campeonato?
“É apostar no próximo jogo com o Arouca na nossa casa, que é difícil e vamos ganhá-lo com toda a certeza. É esse o nosso foco. Depois é pensar no jogo em Dortmund, vamos disputar o jogo independentemente do 0-3, sabemos que é muito difícil, mas representamos um grande clube e a exigência é representá-lo da melhor forma. Vamos tentar dividir o jogo.”