Rui Borges analisou a vitória do Sporting diante do Estoril Praia. O técnico respondeu à questão do Bola na Rede.

Rui Borges fez o rescaldo do triunfo do Sporting contra o Estoril Praia (3-1). O Bola na Rede esteve no Estádio de Alvalade e, no final do encontro, teve a possibilidade de colocar uma questão ao técnico dos leões.

AQUI a pergunta a Ian Cathro, treinador do Estoril Praia.

Bola na Rede: Como tem sido habitual neste novo papel como médio, o Debast lateralizou muitas vezes a posição, acabando o meio-campo do Sporting por ficar mais despido. Na balança risco/benefício o que pretende com esta opção estratatégica e qual a importância face à crise de médios, do passe desde trás para saltar etapas na construção?

Rui Borges: Depende da forma como olham para o jogo. O que ele fez, fez muito bem. O meio-campo não estava despido, estava um 4+1, com o Quenda e o Trincão no espaço interior, um 4+3. De repetente estávamos com três centrais ou com o Zeno a criar uma linha de quatro. A estratégia e os sistemas… O futebol está muito evoluído. Se está com 3,5,4, ou 2, se olharmos para os 90 minutos qualquer equipa está a 3, a 2 ou a 4, a 3+2, 4+1. Há muita mutação no jogo, às vezes é estratégia também. O Zeno tem uma grande capacidade de passe, como acabaste de dizer, e para tentar desmontar uma pressão a três, criando um 4+3 ganhamos uma superioridade. São pequenas coisas estratégicas, mas nunca estivemos desequilibrados. Em alguns momentos pode parecer que estamos, e num ou outro podemos estar, porque não controlamos. Estou a ser simpático quando digo que o treinador controla 20% do jogo, os restantes 80% são tomadas de decisão dos jogadores, ofensivas e defensivas. Acima de tudo estou feliz porque de forma estratégica a equipa esteve ligada nos 96 minutos.