Reinaldo Teixeira encerrou o primeiro dia do Congresso da ANDIF (Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, Futsal e Futebol de Praia), a ocorrer, esta sexta-feira, no Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos. O presidente da Liga Portugal revelou, num painel sobre os desafios futuros para os dirigentes do futebol, que a centralização dos direitos audiovisuais está a ser negociada com o apoio de "todos os clubes, incluindo o Benfica."

"Não vai ser por falta de coragem que as coisas irão acontecer, porque podermos partilhar as ideias e os nossos princípios com as várias sociedades desportivas é sempre bom. Devo dizer o seguinte, que é claro: nenhuma sociedade desportiva, até hoje, mostrou dificuldade e vontade de abortar a centralização", atirou o líder da organização que gere as competições profissionais do futebol português, passando a explicar a questão dos encarnados: "Nem o Benfica, que disse em comunicado que não fazia parte do grupo de trabalho, dificultou a transição ou mostrou-se indisponível para ajudar. Desde que estou em funções na Liga Portugal, já participou na reunião, antes, e teve um comportamento construtivo. Todas as sociedades desportivas, posso dizer, como o FC Porto, o Vitória, o Sp. Braga ou o Famalicão, nunca dificultaram."

Porém, Reinaldo Teixeira avisou que haverá sempre um espaço para discussão e pode tornar-se, em determinados aspetos, "numa disputa". "Cria-se opinião e claro, há quem queira mais disto, menos disto, mas há colaboração. É a vida, não tem de haver unanimidade. O processo de centralização tem um princípio. Pensar que em 2020 até 2026, houve um início, e será implementado a partir da época 2028/29", revelou, salientando que o negócio é "uma vertente que segue em crescendo" e exemplificando com a bebida do moderador do painel: "Isto aplica-se à venda e à compra. É como a sua garrafinha de água. Se a vender sozinha, o preço é mais alto. Se todos quisermos uma garrafa de água, logicamente, o preço terá de ser mais baixo."