
Miguel Ribeiro foi um dos oradores no último painel do Congresso de Dirigentes da ANDIF, que ocorreu esta sexta-feira e este sábado em Matosinhos. O presidente da SAD do Famalicão abordou, precisamente, o sucesso do emblema minhoto, claramente em crescendo no paradigma do futebol português.
"O Famalicão é um candidato efetivo às competições europeias. O facto de não o ter conseguido não significa que não seja candidato. Quem está há cinco épocas no top oito, está a bater à porta efetivamente da Europa. Ainda não conseguiu, mas vai conseguir, tenho a certeza. E espero que seja já na próxima época", atirou, recordando a estabilidade financeira do clube nos últimos anos: "Estamos a olhar para o mercado. Temos algumas saídas que vão impactar nas entradas. Estamos atentos e a trabalhar, mas a verdade é que o Famalicão não está tão dependente do mercado para continuar a sua rota, o que dá muita tranquilidade para o nosso futuro."
No caso do mercado, Miguel Ribeiro admitiu, aos jornalistas, que os famalicenses já nem têm "abordagens", mas sim "contactos para fechar acordos". "Os mais atentos sabem que somos um clube com muitos bons jogadores, que tenta valorizar e dar um valor justo aos seus elementos. Não espero minimamente que existam grandes namoros sobre os nossos atletas, porque a acontecer alguma coisa, será muito rápido", vincou, confiante que um dos alvos mais apetecíveis do seu plantel, Gustavo Sá, irá ficar mais tempo em Famalicão: "É um jogador de muito valor. Tem 20 anos e está há três épocas a titular na 1ª Liga. Sabemos que é um jogador ao qual os principais clubes estão atentos e recordo que tem contrato até 2029, é um dos capitães da equipa e está feliz em Famalicão."
Saída de Enea Mihaj: "Fez três anos connosco, terminou contrato e desejamos-lhe toda a sorte. Nem tentámos a renovação. O Famalicão tem um lote de centrais mais adequado ao que o clube pretende."
Centralização dos direitos audiovisuais: "Caberá aos líderes da FPF e da Liga Portugal conduzir os processos. Há também uma questão que tem sido o ponto negro do futebol português: a arbitragem, e cabe ao novo presidente do Conselho da Arbitragem resolvê-la. Ainda hoje saiu um estudo que demonstra que Portugal está em primeiro lugar onde não deveria de estar, no campeonato com mais faltas. Isto, sim, merece ser estudado em profundidade, porque tira espetáculo e valor de marca, pelo qual deveremos lutar."
Transferências: "Precisamos de uma ou outra alternativa no meio-campo, mais um defesa com a saída do Enea [Mihaj]. Estamos a falar de ajustes de plantel. Pela primeira vez nos últimos anos, o Famalicão vai fazer ajustes e não refazer o plantel. Daí o nosso otimismo para a próxima época. Uma das grandes mais valias para quem trabalha é poder manter o máximo possível de jogadores, isto é verdadeiramente importante."