
Na segunda mão das meias-finais da Taça do Rei, Real Madrid e Real Sociedad proporcionaram um espetáculo tão bom que parecia mentira. Ao longo do tempo regulamentar, as duas equipas estiveram com pé e meio na final e após cinco golos nos últimos vinte minutos, obrigaram a mais trinta de futebol.
A epopeia do golo começou ao minuto 16, quando Barrenetxea apareceu sozinho pela esquerda para rematar rasteiro em jeito por debaixo das pernas de Lunin e empatar a eliminatória.
O Real Madrid ficou com o orgulho ferido e aos 30', Vinícius lançou Endrick com uma abertura espantosa de trivela que o compatriota abrilhantou ainda mais com um chapéu que cobriu Remiro na perfeição. Depois de já ter marcado na primeira mão no Anoeta, o avançado de apenas 18 anos voltou a substituir Mbappé na segunda mão e a mostrar serviço.
Após uma primeira meia hora de alto nível e uma chamada de atenção do VAR para possível penálti sobre Kubo, o ritmo de jogo baixou e só voltou a subir nos últimos vinte minutos do tempo regulamentar, com muitas responsabilidades para David Alaba.
Primeiro, aos 72', o defesa alemão desviou um grande trabalho de Pablo Marín para dentro da baliza e empatou as contas da eliminatória. Oito minutos depois, o pesadelo de Alaba ganharia outros contornos depois de transviar um remate aparentemente tranquilo de Oyarzabal para dentro da própria baliza.
A perder por 1-3 e virtualmente fora da final, o Real Madrid arregaçou as mangas e dois minutos depois voltou a empatar a eliminatória, após um remate de difícil execução de Jude Belligham. Embalados pelo golo do inglês, os merengues foram felizes aos 86'. Na sequência de um pontapé de canto, o cabeceamento de Tchouaméni, que apanhou Remiro desprevenido, parecia ter pintado de branco a final da Taça do Rei.
Em dérbi real, a equipa do País Basco inspirou-se nas reviravoltas incríveis dos madrilenos e aos 90+2', Oyarzabal com um grande cabeceamento, depois de um pontapé livre marcado de forma exímia por Sergio Gomez, obrigou que se jogassem mais trinta minutos.
Após uma primeira parte do prolongamento mais cerebral do que emocionante, o Real deu a machadada final no resultado aos 115', na sequência de um pontapé de canto. Rudiger venceu nas alturas e, ao primeiro poste, cabeceou para a glória e foi festejar com os adeptos merengues.
De uma forma absolutamente épica, o Real sobreviveu e apurou-se para a final da Taça do Rei, onde vai defrontar o vencedor do duelo entre Atlético de Madrid e Barcelona.
Notícia atualizada