O seu a seu dono. Iúri Leitão parece talhado para o ciclismo de pista, de um modo geral. No entanto, nas várias vertentes em que se pode competir nesta centrifugadora de bicicletas, o scratch é aquela em que mais se tem destacado.

Depois de se ter sagrado campeão europeu em 2020, 2022 e 2024, Iúri Leitão voltou a arrecadar o título em Heusden-Zolder, na Bélgica. Agora, o segundo consecutivo. Fê-lo de forma calculista, esperando pelo equador da prova para agitar o pelotão. O grupo principal estabeleceu-se nos seis elementos. A nove voltas do final, Iúri partiu num solilóquio que não teve resposta a altura. O neerlandês Vincent Hoppezak ficou com a prata e o britânico William Tidball com o bronze.

O scratch é a prova mais fácil de explicar do compêndio incluído nos Europeus de ciclismo de pista. Uma agremiação de 24 corredores parte em simultâneo e ganha aquele que estiver em primeiro ao fim das 40 voltas.

Iúri Leitão já tinha demonstrado desenvoltura na corrida por pontos na qual também se sagrou campeão da Europa. Com Rui Oliveira na eliminação (prata), Maria Martins no scratch (bronze) e Ivo Oliveira na perseguição (por definir), Portugal assegurou já cinco medalhas na competição. A seleção está a uma de igualar o recorde (seis) de pódios numa só edição dos Europeus, conseguido em 2020 no Plovdiv, na Bulgária.