Mykhailo Mudryk teve um resultado positivo num controlo antidoping, confirmou, esta terça-feira, o Chelsea, acrescentando que o futebolista ucraniano garante não ter tomado qualquer substância proibida de forma consciente.

“O Chelsea Football Club confirma que a Federação Inglesa recentemente contactou o nosso jogador Mykhailo Mudryk sobre um resultado adverso num teste de rotina à urina. [...] Mykhailo confirmou categoricamente que nunca usou qualquer substância proibida de forma consciente”, refere o clube. O testo terá acontecido em outubro, após um período de jogos de seleções em que o jogador esteve com a equipa nacional da Ucrânia.

O site “The Athletic”, citando várias fontes ligadas ao clube, noticiou que a substância em causa é meldonium, ou meldronato, presente em medicamentos usados para tratar problemas cardíacos, como a isquemia. Consta na lista de proibições da WADA, a agência mundial de antidoping, desde 2014 e foi bastante falada, dois anos depois, quando Maria Sharapova, então uma das melhores tenistas do mundo, testou positivo para a substância.

O meldronato atua na absorção de oxigénio pelas células, estimulando esse processo, além de melhorar a produção de energia no corpo e a recuperação após esforços físicos.

Como o “El País” explicou em 2016, este fármaco é produzido na Letónia e começou a ganhar popularidade durante os anos 1970 na antiga União Soviética, onde era utilizado no combate a doenças cardíacas. Primeiramente testado em porcos para provar que conseguia acelerar o crescimento dos animais, cedo se percebeu que o meldonium melhorava também a circulação de sangue nos humanos, o seu vigor sexual e até aliviava o período de abstinência para os alcoólicos em tratamento.

Numa nota publicada no seu site, o Chelsea refere que vai, juntamente com o jogador, trabalhar junto das autoridades para descobrir a causa do resultado adverso, não voltando a fazer qualquer comentário até ao final do processo.

Nas redes sociais, o ucraniano garante que foi com “completo choque” que recebeu a notificação do controlo positivo, afiançando que nunca tomou qualquer produto proibido. “Sei que não fiz qualquer coisa errada e continuo esperançado de que vou regressar em breve aos relvados”, escreveu Mudryk, de 23 anos.