Francisco Costa antevê mais uma dura batalha na meia-final de sexta-feira, com pouco tempo de recuperação após o jogo desgastante com a Alemanha (31-30), e reconhece que "Portugal é bom, mas para vencer a Dinamarca tem que ser ainda melhor".

"Estamos a lutar por uma medalha. Temos que ir em busca desse sonho. Se perdermos com a Dinamarca temos uma oportunidade na mesma de conquistar uma medalha. Temos é que agarrar essa oportunidade", disse à agência Lusa Francisco Costa.

Com 44 golos marcados na presente edição do Mundial, o que lhe confere o quinto lugar na tabela dos melhores marcadores, liderada pelo dinamarquês Mathias Gidsel, com 55, Francisco Costa admite que está a viver um momento único.

"Certamente quando chegarmos a Portugal é que vamos ter mais noção do que estamos a fazer neste campeonato do Mundo", reconheceu o lateral, de 19 anos, que, juntamente com o irmão Martim, tem sido um dos jogadores em destaque na seleção lusa.

A 'sociedade' Francisco e Martim Costa -- que foi com Mathias Gidsel o melhor marcador do Euro2024 (54 golos) -- já gerou 81 golos no Mundial, mas a seleção portuguesa vale pelo seu todo, pelas dinâmicas que possui e pela estrutura defensiva.

"Estamos focados na Dinamarca, não sabemos ainda muito bem o que fizemos, mas só estamos concentrados no que podemos ainda vir a fazer", disse Francisco Costa, reconhecendo que o jogo vai ser duro e exigir muito esforço físico.

O jogo da invicta seleção dinamarquesa, sem perder há 35 jogos em Mundiais, assenta em rápidas transições defesa/ataque, sustentado no bom desempenho do seu guarda-redes Emil Nilsen, de 27 anos, o que provoca um desgaste no adversário, que tem que estar sempre a correr para a frente e para trás.

"Vai exigir muito de nós. Sabemos que a Dinamarca é a melhor seleção do mundo e temos que estar preparados para tudo. Para a transição deles, defesa/ataque, mas nós temos feito bons jogos. Somos bons, mas para vencer a Dinamarca temos que ser ainda melhores", disse.

Martim Costa reconheceu também que a Dinamarca vai ser um adversário muito complicado, a exigir a máxima atenção e concentração, mas a seleção portuguesa quer continuar a fazer história e tem agora a oportunidade de chegar à final do Mundial.

"Temos que estar perfeitos em todos os aspetos do jogo, mas principalmente no da transição, se queremos discutir o jogo com a Dinamarca", disse Martim Costa, autor do golo decisivo na partida com a Alemanha, a três segundos da buzina.

A recuperação física do desgastante jogo de quarta-feira e a própria recuperação defensiva, que exige muito aos jogadores, no jogo de sexta-feira com os dinamarqueses foram dois dos aspetos fundamentais apontados por Martim Costa.

"Temos de recuperar para a defesa durante os jogos, que eles marcam muitos golos em transição. Temos que estar perfeitos em todos os aspetos do jogo, mas principalmente na transição, se queremos discutir o jogo com a Dinamarca", defendeu.

O lateral Martim Costa, de 22 anos, apontou que os jogadores dinamarqueses "correm muito e criam muitas oportunidades de golo" e a seleção portuguesa tem que "estar perfeita em todos os aspetos do jogo, ao longo de todo o jogo".

Ainda em relação ao jogo dos quartos de final com a Alemanha (31-30), na Unity Arena, o jogador recordou as 21 defesas de Andreas Wolff, o que, em condições normais, seria suficiente para garantir a vitória de qualquer equipa.

"Defensivamente estivemos incríveis. Impenetráveis. Os guarda-redes [Diogo Rêma e Gustavo Capdeville] ajudaram bastante. Na primeira parte tínhamos nove golos sofridos e quando se defende assim estamos muito perto de ganhar. Se queremos ter hipóteses com a Dinamarca temos que defender tão bem ou melhor", disse.

Portugal e Dinamarca defrontam-se na sexta-feira pela presença na final de domingo do Mundial, a realizar na Unity Arena, em Oslo, na Noruega, um dos países coorganizadores do evento, juntamente com a Croácia e a Dinamarca.

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