
Mattia Binotto, o chefe da Audi F1, recentemente insinuou a ideia de que a popular marca alemã poderia unir-se aos seus concorrentes para enfrentar a dominância tanto da Mercedes como da Ferrari. A entrada oficial da Audi F1 na grelha está prevista para o próximo ano, após a recente aquisição total da equipa Sauber, conforme confirmado ao PlanetF1.com.
Apesar das atuais dificuldades da Sauber na pista, as expectativas para a Audi estão a crescer, graças ao seu impressionante histórico em corridas de resistência ao longo dos últimos vinte anos. A Mercedes e a Ferrari, dois dos seus principais concorrentes, lançaram uma ampla rede de influência sobre o campo. Por exemplo, a Mercedes vai ser o fornecedor de motores para três equipas—McLaren, Alpine e Williams—na F1 2026.
Por outro lado, a Ferrari, o atual fornecedor de motores da Sauber, é conhecida pela sua ‘equipa B’, a equipa americana Haas, que ganha uma vantagem considerável quando se trata de decisões importantes dentro da F1. O mesmo pode ser dito sobre a Red Bull, que manteve uma presença de duas equipas na grelha desde 2006, graças à equipa Racing Bulls.
Binotto, que passou quase trinta anos na Ferrari, culminando no seu papel como chefe de equipa, foi substituído por Fred Vasseur no final da tumultuosa temporada de 2022 da Scuderia. Numa recente entrevista à Auto Motor und Sport, uma publicação alemã, Binotto sugeriu que a Audi F1 poderia estender um ramo de oliveira às suas equipas rivais para fortalecer a sua posição no panorama político da F1.
Quando questionado se alianças políticas eram necessárias para o sucesso na F1, ele respondeu: “Esse é um bom ponto. Há algumas equipas que não estão numa aliança. Seria bom se essas equipas formassem uma.” No entanto, continua a ser incerto a quais equipas ele se referia, uma vez que a maior parte da grelha está atada para o futuro previsível.
McLaren, Alpine e Williams estão todos prontos para competir sob a potência da Mercedes até ao final de 2030, enquanto o atual cliente da Mercedes, Aston Martin, deverá entrar numa parceria de fábrica com o mesmo nome no próximo ano. A mudança para a Aston Martin por parte da Honda verá a Red Bull a unir-se à potência americana Ford para desenvolver uma unidade de potência para a F1 2026.
A Ferrari continuará a fornecer motores à Haas até 2028, conforme anunciado em julho passado, com a equipa também a revelar uma parceria técnica com a Toyota, enquanto o fabricante japonês pondera um possível regresso à F1. A futura equipa da Cadillac na F1 também funcionará com motores e caixas de mudança da Ferrari a partir da F1 2026, antes de a marca da General Motors desenvolver a sua própria unidade de potência, prevista para estar pronta até 2028.
A dinâmica da equipa mudou no verão passado, quando Binotto assumiu o lugar do antigo diretor da McLaren, Andreas Seidl, que saiu juntamente com o presidente Oliver Hoffman. Jonathan Wheatley, o diretor desportivo de longa data da Red Bull, é apontado para assumir o cargo de diretor da equipa Audi na F1 no próximo mês.