O Gil Vicente visita, no sábado, pelas 15h30, o Farense no São Luís, em jogo a contar para a 14.ª ronda do campeonato. Depois da vitória diante do Nacional (2-1), arrancada a ferros com um golo no último minuto de Rúben Fernandes, Bruno Pinheiro considerou fulcral "transportar o bom momento" para este jogo, frisando dois registos distintos a bater. 

"Vai ser muito importante ganhar o próximo jogo, porque este ano ainda não vencemos dois jogos consecutivos e ainda não ganhámos fora. Acredito que vamos conseguir fazê-lo, a equipa trabalhou para isso, com muita vontade", começou por dizer o técnico gilista, salientando propriedades a melhorar no jogo de equipa: "Espero melhorar com bola, a equipa já demonstrou que consegue fazer isso, tem qualidade com ela no pé e espero que a coloque no jogo com o Farense."

Jogo onde só interessa vencer?
"Esperamos sempre dar uma boa resposta em todas as jornadas, dar continuidade ao resultado anterior e melhorar a qualidade de jogo. Com o Nacional, conseguimos uma 1ª parte bastante equilibrada, mas a equipa perdeu a tranquilidade na 2ª parte e perdeu cautela, com os jogadores a subirem muito para a frente. No final, fomos felizes, temos sido muitas vezes infelizes esta época, alguma vez tínhamos de ser felizes."

Sentiu o plantel mentalmente melhor ao construir sobre uma vitória?
"É diferente, não notei diferença na vontade de trabalhar, os jogadores têm sempre demonstrado muita vontade. Se calhar, nas outras semanas estamos mais calados, com menos vontade de falar e de sorrir, mas a vontade de trabalhar está sempre lá. Desta vez, houve mais sorrisos, mas não houve menos foco."

O Farense também está a lutar por pontos numa fase complicada.
"A nossa tarefa também está sempre dificuldade, são contextos, cada clube tem o seu. O treinador do Farense tem o seu próprio contexto, não acredito que tenha vantagem por isso. Vai ser um jogo difícil e, espero eu, equlibrado, para ver se conseguimos dar maior qualidade ao jogo e melhorar as nossas hipóteses de ganhar."

Como Tozé Marreco fez a pré-época com o Gil Vicente, terá vantagem por conhecer a equipa?
"Acho que não, tem a vantagem de conhecer os jogadores mas não saberá o que iremos apresentar, as ideias de jogo são distintas, não são previsíveis a esse ponto. E cada jogo é diferente, não me parece que tenha grande vantagem."

O Andrew vai em 37 jogos consecutivos no campeonato e tem a experiência do Rúben Fernandes. Alicerçar o seu trabalho nesta consistência e experiência é importante?
"Não tenho dúvidas nenhumas, é muito mais fácil lançar jovens num contexto de equipa madura, juntá-los e dar-lhes as melhores condições, se bem que também traz dificuldades a todos eles. O Andrew, pelo tempo que cá está, tem alguma maturidade, depois temos o Josué Sá, que acrescentou nessa caraterística. Mesmo o Rúben, o Zé Carlos, são jogadores com muito tempo de Gil Vicente e muito experientes, tenho a certeza que passam tranquilidade para dentro, tanto em treino, como em situações mais básicas. Por vezes, nem é na tática, é em momentos particulares, de toque de bola, de jogo, de mentalidade e é uma mais-valia. Podem ajudar os mais jovens e isso é sempre positivo."

O Cáseres estreou-se a titular, é para ficar na equipa?
"Jogando ou não no próximo jogo em Faro, vai ser para manter com muita frequência na equipa. É muito bom jogador, está com fome de bola e sempre pronto para trabalhar. Estamos a dois dias do jogo, para definir o onze gosto de uma semana completa. Se jogar ou não jogar, irá continuar a mostrar-se."