Presidente do Vitória falou de vários temas e explicou a visão que tem para o clube
É já no próximo dia 1 de março que o Vitória vai a eleições para determinar a composição dos órgãos sociais para o triénio 2025/28. António Miguel Cardoso, atual líder, é um dos candidatos na corrida e já sabe que terá pela frente a oposição de Luís Cirilo, figura que já passou pelo clube noutros momentos e em várias funções. Com os olhos postos no futuro, o presidente explicou qual o projeto que está em curso, mas também abordou o presente e alguns dos temas quentes do momento, com as arbitragens à cabeça.
Momento desportivo recente: "Desde que entrámos, conquistámos sempre o objetivo de nos qualificarmos para as qualificações europeias. No primeiro ano aquilo que se dizia era que o Vitória ia lutar para não descer e que seria muito complicado, e eu sempre disse, nós vamos nos qualificar e qualificámos-nos. As coisas têm acontecido sempre de uma forma positiva, se há fases boas e menos boas, é desporto, faz parte, nós não podemos ganhar sempre, se ganhássemos sempre, éramos campeões. Neste último mês as coisas não correram tão bem, tivemos algum azar, fomos prejudicados algumas vezes pelas equipas de arbitragem, existiram algumas situações em que as coisas não foram tão felizes. Também é óbvio que a saída de alguns jogadores e a reestruturação acaba por afetar, e é normal. O mercado está aberto, há sempre jogadores que têm sonhos de sair porque querem obviamente outros objetivos e têm outros objetivos financeiros, mas neste momento estamos coesos. Vamos continuar com algumas contrariedades, espero que não nas arbitragens, mas é óbvio que sempre acreditamos na qualificação europeia. Ainda na semana passada quando perdemos no Estoril, voltei a reforçar aquilo que é a nossa missão. Quero que também acreditar que este ano vão correr bem."
Críticas à alegada falta de influência do Vitória nas esferas de decisão: "Nestes anos que se fez muito mais do que se tem feito nos últimos anos. Acho que o Vitória, hoje em dia, é um clube respeitado, é um clube com opinião, é um clube independente, é um clube que não tem qualquer interesse, seja o interesse dos grandes, seja o interesse da federação, seja o interesse da liga. O Vitória debate sempre por duas coisas, ou três coisas, integridade, independência, coerência e nunca sem receio. E, portanto, estamos a ganhar cada vez mais capacidade de lobby nessas instituições, estamos cada vez mais fortes. Sei que sou uma pessoa respeitada. Existe um Vitória em crescimento, existe um Vitória em expansão e existem interesses instalados que não querem que isso aconteça. E, portanto, eu acho que isso é bem visível e nós vamos continuar a lutar até que a verdade apareça. Essas são as nossas lutas e tenho a certeza que muito estamos a fazer pelo Vitória e pela independência do desporto em Portugal."
Preço a pagar por não apoiar Pedro Proença? "Eu não lhe posso responder de forma objetiva porque as coisas não são factuais. Agora, que as coisas, em termos de arbitragem, não nos têm corrido bem, não têm. Se nós temos reagido e temos exigido respeito, temos. Se cada vez estamos com mais força nessas entidades, não tenho dúvidas, porque somos coerentes. O que é o mais importante é chamar as pessoas à razão. Se reparar, é tudo muito claro. Eu falei três ou quatro vezes sobre arbitragem no final dos jogos e em todas elas tinha razão. Eu acho que é isso que é importante. Não andarmos aqui aos tiros, sermos coerentes, sermos responsáveis, defendermos o Vitória. E acho que o futebol português precisa de mais verdade, precisa de muito mais transparência, precisa que os órgãos de arbitragem e muitas outras áreas sejam muito mais profissionais, que sejam chamados à razão. E, portanto, acho que é esse o caminho do futebol português e nós vamos estar sempre desse lado. Se acredito que no futuro vamos ganhar muitas coisas, vamos sim. "
Lista opositora: "Eu acho que faz parte daquilo que é o movimento dos sócios de Vitória. Respeito máximo, acho que a partir do momento em que uma lista tem mais de 300 assinaturas quer dizer que os sócios respeitam a lista, que eu também tenho que a respeitar, portanto, não me surpreende, eu acho que mostra aquilo que o clube está vívdo, que é interessante, que há outras ideias no Vitória, sinceramente não me surpreende.
Surpreendido com Luís Cirilo: "Eu, mais uma vez, respondendo de uma forma muito honesta, para mim, é aquilo que eu sinto desde que entrei no Vitória. A partir do momento em que entrámos no Vitória, eu estou habituado a este tipo de crítica via redes sociais, via sites da internet, via TikToks, via rádios locais. É algo que tem vindo a ser feito desde o início. Se eu disser que é branco, alguém vai dizer que é preto. Se eu disser é que é preto, alguém vai dizer que é branco. Portanto, é algo que, para mim, é natural. Portanto, não me surpreende. E, por isso, será algo que é contínuo e os rostos são os mesmos. Normalmente, são quase sempre os mesmos. Portanto, acho que aquilo que é importante é os sócios avaliarem, os sócios ouvirem-nos, os sócios ouvirem também aquilo que é o projeto do Vitória. E depois que os sócios vão, no dia 1 de março, votarem e que escolham. Para mim, não é novidade."
Ida a eleições: "Eu acho que aquilo que disse há três anos foi que o objetivo principal, enquanto estiver no Vitória, será sempre em prol do clube, nunca ter objetivo que não tenham que ver com a valorização do clube. Esse é o objetivo da administração e é o meu objetivo pessoal desde o dia em que entrei no Vitória. Disse também sempre que tudo faria para entregar o clube. Muito melhor do que aquilo que encontrei. E, portanto, eu aí estou de consciência tranquila. Porque, efetivamente, aquilo que era o Vitória há três anos atrás e aquilo que é o Vitória hoje em dia, a diferença é muito grande. É muito grande. Em todas as áreas. Por isso, aí muito foi feito nestes três anos. Por isso, a nível financeiro e a nível desportivo, que foram as grandes bandeiras da candidatura há três anos atrás, cresceu muito e evoluímos muito num bom sentido. Se há alguma coisa que está por fazer, claro. Mas eu acho que isso é um processo contínuo de crescimento daquilo que é o Vitória como clube nos próximos anos. Senti, a determinado ponto, que deveria continuar. Tive algumas dúvidas. Confesso que tive algumas dúvidas. Mas, a partir de determinado ponto, falei com a minha família, falei com os meus amigos, falei com a administração...
Hesitações: Cansado? Não. Pessoalmente, temos outros objetivos na vida. Isto faz parte. Eu sempre disse isso. Nunca tive problemas em dizer isso. Enquanto estiver no Vitória, darei tudo pelo Vitória. Mas eu também tenho vida. Portanto, a partir de determinado momento, achei e tive dúvidas se deveria continuar ou não. Não. Não. Estou cansado. Tenho energia, tenho vontade e tenho muito a dar. Mas pensei, falei com os meus amigos, falei com a minha família, falei com a direção e achámos que estávamos num momento em que realmente era importante continuar e aqui estou. Agora, sem obrigação ou sem... Estou completamente tranquilo em relação àquilo que decidi, porque estou mesmo. Mas, respondendo à sua pergunta, senti que ainda havia aqui alguma coisa a trabalhar e daí a minha candidatura."
Momento desportivo recente: "Desde que entrámos, conquistámos sempre o objetivo de nos qualificarmos para as qualificações europeias. No primeiro ano aquilo que se dizia era que o Vitória ia lutar para não descer e que seria muito complicado, e eu sempre disse, nós vamos nos qualificar e qualificámos-nos. As coisas têm acontecido sempre de uma forma positiva, se há fases boas e menos boas, é desporto, faz parte, nós não podemos ganhar sempre, se ganhássemos sempre, éramos campeões. Neste último mês as coisas não correram tão bem, tivemos algum azar, fomos prejudicados algumas vezes pelas equipas de arbitragem, existiram algumas situações em que as coisas não foram tão felizes. Também é óbvio que a saída de alguns jogadores e a reestruturação acaba por afetar, e é normal. O mercado está aberto, há sempre jogadores que têm sonhos de sair porque querem obviamente outros objetivos e têm outros objetivos financeiros, mas neste momento estamos coesos. Vamos continuar com algumas contrariedades, espero que não nas arbitragens, mas é óbvio que sempre acreditamos na qualificação europeia. Ainda na semana passada quando perdemos no Estoril, voltei a reforçar aquilo que é a nossa missão. Quero que também acreditar que este ano vão correr bem."
Críticas à alegada falta de influência do Vitória nas esferas de decisão: "Nestes anos que se fez muito mais do que se tem feito nos últimos anos. Acho que o Vitória, hoje em dia, é um clube respeitado, é um clube com opinião, é um clube independente, é um clube que não tem qualquer interesse, seja o interesse dos grandes, seja o interesse da federação, seja o interesse da liga. O Vitória debate sempre por duas coisas, ou três coisas, integridade, independência, coerência e nunca sem receio. E, portanto, estamos a ganhar cada vez mais capacidade de lobby nessas instituições, estamos cada vez mais fortes. Sei que sou uma pessoa respeitada. Existe um Vitória em crescimento, existe um Vitória em expansão e existem interesses instalados que não querem que isso aconteça. E, portanto, eu acho que isso é bem visível e nós vamos continuar a lutar até que a verdade apareça. Essas são as nossas lutas e tenho a certeza que muito estamos a fazer pelo Vitória e pela independência do desporto em Portugal."
Preço a pagar por não apoiar Pedro Proença? "Eu não lhe posso responder de forma objetiva porque as coisas não são factuais. Agora, que as coisas, em termos de arbitragem, não nos têm corrido bem, não têm. Se nós temos reagido e temos exigido respeito, temos. Se cada vez estamos com mais força nessas entidades, não tenho dúvidas, porque somos coerentes. O que é o mais importante é chamar as pessoas à razão. Se reparar, é tudo muito claro. Eu falei três ou quatro vezes sobre arbitragem no final dos jogos e em todas elas tinha razão. Eu acho que é isso que é importante. Não andarmos aqui aos tiros, sermos coerentes, sermos responsáveis, defendermos o Vitória. E acho que o futebol português precisa de mais verdade, precisa de muito mais transparência, precisa que os órgãos de arbitragem e muitas outras áreas sejam muito mais profissionais, que sejam chamados à razão. E, portanto, acho que é esse o caminho do futebol português e nós vamos estar sempre desse lado. Se acredito que no futuro vamos ganhar muitas coisas, vamos sim. "
Lista opositora: "Eu acho que faz parte daquilo que é o movimento dos sócios de Vitória. Respeito máximo, acho que a partir do momento em que uma lista tem mais de 300 assinaturas quer dizer que os sócios respeitam a lista, que eu também tenho que a respeitar, portanto, não me surpreende, eu acho que mostra aquilo que o clube está vívdo, que é interessante, que há outras ideias no Vitória, sinceramente não me surpreende.
Surpreendido com Luís Cirilo: "Eu, mais uma vez, respondendo de uma forma muito honesta, para mim, é aquilo que eu sinto desde que entrei no Vitória. A partir do momento em que entrámos no Vitória, eu estou habituado a este tipo de crítica via redes sociais, via sites da internet, via TikToks, via rádios locais. É algo que tem vindo a ser feito desde o início. Se eu disser que é branco, alguém vai dizer que é preto. Se eu disser é que é preto, alguém vai dizer que é branco. Portanto, é algo que, para mim, é natural. Portanto, não me surpreende. E, por isso, será algo que é contínuo e os rostos são os mesmos. Normalmente, são quase sempre os mesmos. Portanto, acho que aquilo que é importante é os sócios avaliarem, os sócios ouvirem-nos, os sócios ouvirem também aquilo que é o projeto do Vitória. E depois que os sócios vão, no dia 1 de março, votarem e que escolham. Para mim, não é novidade."
Ida a eleições: "Eu acho que aquilo que disse há três anos foi que o objetivo principal, enquanto estiver no Vitória, será sempre em prol do clube, nunca ter objetivo que não tenham que ver com a valorização do clube. Esse é o objetivo da administração e é o meu objetivo pessoal desde o dia em que entrei no Vitória. Disse também sempre que tudo faria para entregar o clube. Muito melhor do que aquilo que encontrei. E, portanto, eu aí estou de consciência tranquila. Porque, efetivamente, aquilo que era o Vitória há três anos atrás e aquilo que é o Vitória hoje em dia, a diferença é muito grande. É muito grande. Em todas as áreas. Por isso, aí muito foi feito nestes três anos. Por isso, a nível financeiro e a nível desportivo, que foram as grandes bandeiras da candidatura há três anos atrás, cresceu muito e evoluímos muito num bom sentido. Se há alguma coisa que está por fazer, claro. Mas eu acho que isso é um processo contínuo de crescimento daquilo que é o Vitória como clube nos próximos anos. Senti, a determinado ponto, que deveria continuar. Tive algumas dúvidas. Confesso que tive algumas dúvidas. Mas, a partir de determinado ponto, falei com a minha família, falei com os meus amigos, falei com a administração...
Hesitações: Cansado? Não. Pessoalmente, temos outros objetivos na vida. Isto faz parte. Eu sempre disse isso. Nunca tive problemas em dizer isso. Enquanto estiver no Vitória, darei tudo pelo Vitória. Mas eu também tenho vida. Portanto, a partir de determinado momento, achei e tive dúvidas se deveria continuar ou não. Não. Não. Estou cansado. Tenho energia, tenho vontade e tenho muito a dar. Mas pensei, falei com os meus amigos, falei com a minha família, falei com a direção e achámos que estávamos num momento em que realmente era importante continuar e aqui estou. Agora, sem obrigação ou sem... Estou completamente tranquilo em relação àquilo que decidi, porque estou mesmo. Mas, respondendo à sua pergunta, senti que ainda havia aqui alguma coisa a trabalhar e daí a minha candidatura."