Mais cruel é impossível. As vozes da Luz ficam a pedir penálti sobre Leandro Barreiro, o árbitro nada assinala e, na resposta, Raphinha acelera na direita, ludibria Álvaro Carreras e dispara para o sítio certo. 22º golo na temporada da perfeição do internacional brasileiro, antigo futebolista de Vitória SC e Sporting.
Raphinha sai de Lisboa, aliás, com quarto bis da época, aos quais se dá ao luxo de juntar mais dois hat tricks - Valladolid e Bayern. Haverá algum brasileiro a apresentar este rendimento nas grandes ligas europeias?
Os números não refletem a justa influência do esquerdino nos catalães, mas ajudam a percebê-la. Só em ações diretas (golos e assistências), Raphinha tem impressão digital em 31 dos 94 golos do Barcelona em 24/25 - 32,9 por cento.
Se a estes dados adicionarmos a parceria com a alma gémea polaca, Robert Lewandowski, então chegamos a níveis de dependência total. Como regista o nosso Playmaker, Lewandowski e Raphinha totalizam 50 golos, mais de metade do número absoluto da equipa de Hansi Flick.
O polaco, velha raposa das áreas, deixa a casa do Benfica também com um bis e a prova de que aos 36 anos continua a ser um nome incontornável na sua arte.