"A Sérvia é o lugar no globo que seria adequado para ambos", disse o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, no canal de televisão comercial Pink.

O chefe de Estado defendeu que a Sérvia é o local mais adequado porque "não está apenas formalmente fora dos blocos militares, mas essencialmente fora de ambos os blocos, é um país independente" e "preparado para garantir total segurança a ambos os presidentes".

Assinalou ainda que a Sérvia é o país onde tanto Trump como Putin gozam do maior apoio.

"Não há nenhum país que se compare à Sérvia em termos de nível de apoio ao Presidente Trump", disse Vucic, acrescentando que é, ao mesmo tempo, "um país onde o Presidente Putin continua a ser muito, muito popular".

A Sérvia é um país candidato à entrada na União Europeia, mas também mantém laços estreitos com a Rússia.

Donald Trump disse que está a preparar um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Ele quer que nos encontremos e estamos a organizar isso", disse Trump na quinta-feira, antes de uma reunião com governadores republicanos na sua residência Mar-a-Lago, em Palm Beach, no estado da Florida (sudeste).

"O Presidente Putin quer que nos encontremos, até o disse publicamente, e precisamos de acabar com esta guerra, que é um verdadeiro desperdício", acrescentou o magnata.

Trump prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia "dentro de 24 horas" e já apelou a um "cessar-fogo imediato" e a negociações de paz.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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