
A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Rubina Leal, assinalou hoje o 40.º aniversário da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, considerando este marco como "um momento determinante na consolidação da democracia portuguesa, no reforço da nossa identidade europeia e no início de um novo ciclo de desenvolvimento económico, social e institucional para o País".
Na sua declaração, através de comunicado à imprensa, Rubina Leal sublinha que a integração europeia representou muito mais do que uma simples mudança política e económica, caracterizando-a como "um marco de confiança no futuro, de pertença a um espaço de valores comuns, de solidariedade, de paz e de prosperidade partilhada".
A presidente do parlamento madeirense destacou o significado particular que esta integração teve para a Região Autónoma da Madeira. Recordou que, através da Resolução da Assembleia Regional n.º 2/85/M, aprovada em plenário a 5 de Junho de 1985, "o Parlamento Madeirense fez ouvir a sua voz junto das instâncias nacionais e europeias, sublinhando a necessidade de um reconhecimento claro das especificidades do nosso arquipélago".
Rubina Leal enfatizou que essa resolução destacou "o papel da Madeira na construção da identidade europeia, com base na sua vocação atlântica e ecuménica, na sua diáspora e na sua contribuição histórica, cultural e geográfica para a formação de uma Europa mais diversa e mais coesa".
A responsável salientou os benefícios concretos que a integração europeia trouxe à Madeira, nomeadamente através dos "Fundos Estruturais e de Coesão, que permitiram melhorar infraestruturas, qualificar os serviços públicos e criar novas oportunidades para as empresas e para os cidadãos".
Segundo Rubina Leal, foi através da Europa que a Madeira conseguiu consolidar o seu modelo de desenvolvimento regional, sustentado na autonomia política e na solidariedade europeia.
A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira reafirma "o compromisso da Região Autónoma da Madeira com os valores fundadores da União Europeia: a liberdade, a democracia, a justiça social, a coesão territorial e o respeito pelas identidades regionais".
Rubina Leal defendeu ainda uma Europa que reconheça e valorize as suas regiões ultraperiféricas, como a Madeira, considerando-as "como parte integrante do seu projecto político, económico e humano".
A responsável concluiu afirmando: "A Europa que ajudámos a construir é também a Europa que queremos continuar a transformar", com "mais coesão, mais desenvolvimento sustentável e mais solidariedade entre os seus povos".