"Os dados que temos agora [indicam] um total de 100.172 pessoas afetadas, o que corresponde a 20 mil famílias e em termos de óbitos estamos com 15", disse à comunicação social a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) Luísa Meque, anunciando os dados preliminares do Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE), que adiantou existirem 5.832 casas parcialmente destruídas e 3.555 totalmente destruídas.
Só no posto administrativo de Lúrio, no distrito de Memba, na província de Nampula, norte de Moçambique, pelo menos 1.242 casas foram parcialmente destruídas e outras 3.555 foram totalmente destruídas, especificou Luísa Meque.
No mesmo distrito, anunciaram as autoridades moçambicanas, pelo menos 69 embarcações desapareceram na sequência da passagem do ciclone Chido e outras 102 foram totalmente destruídas.
O ciclone tropical intenso Chido, de escala 3 (1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na noite de sábado para domingo, segundo o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE).
As autoridades moçambicanas já tinham admitido na quinta-feira, que cerca de 2,5 milhões de pessoas poderiam ser afetadas pelo ciclone Chido nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa, no norte, e na Zambézia e Tete, no centro.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já na primeira metade de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, de acordo com dados oficiais do Governo.
PYME (LN/PVJ) // MLL
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