O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu que o ataque que atingiu as instalações da embaixada de Portugal em Kiev, na Ucrânia, por parte de forças russas, não visava atingi-la diretamente.
“O ministro [dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel], contactou-me hoje, porque as instalações da embaixada de Portugal tinham sido indiretamente atingidas. Não se pode dizer que era um míssil dirigido contra a embaixada, mas teve efeitos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Cascais, em declarações reproduzidas pela SIC Notícias.
Um ataque indireto, garantiu, indo em linha com o que fora transmitido por Paulo Rangel quando revelou a existência destes danos materiais (não houve danos humanos) no ataque que atingiu a embaixada portuguesa e representações diplomáticas de outros países.
“Objetivamente, houve, fruto do ataque russo, danos e houve o atingir do que é território português em plena Ucrânia”, dramatizou Marcelo.
O Presidente da República apoiou a reação de Rangel, que chamou a representação russa em Portugal para apresentar um protesto formal.
“Portugal não tinha outra solução que não reagir com firmeza e imediatamente, porque é um precedente que se traduz na violação das regras do Direito Internacional”, posicionou-se.