
Na missiva, José Maria Neves referiu-se ao Papa como "líder humanista de rara estatura moral", cujo trabalho se pautou pela defesa dos "mais pobres, excluídos e grandes desafios da contemporaneidade", como guerras, alterações climáticas e justiça social.
Na carta de pesar, o chefe de Estado manifestou "imensa tristeza e profunda consternação" pelo Papa que deixou "um legado incomensurável, pautado pelo respeito incondicional pela dignidade da pessoa humana, pela fraternidade e por incansáveis esforços em prol da paz global".
Em nome do povo cabo-verdiano, José Maria Neves endereçou as "mais sentidas e profundas condolências".
O primeiro-ministro de Cabo Verde anunciou que o Governo vai decretar dois dias de luto nacional, na terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, que morreu, hoje, aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
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