Passageiro não binário mete Ryanair em tribunal por não poder escolher a opção de "género neutro"

O julgamento terá arrancado esta semana, em Berlim. O passageiro exige uma indemnização de 5.000 euros e que a a companhia aérea altere a sua plataforma de reservas.

Armando Franca

Um passageiro não binário está a processar a Ryanair porque a companhia área não apresenta no seu site uma opção de reserva com o "género neutro".

O caso remota a outubro de 2021, quando um passageiro não binário tentou reservar um voo de Berlim para Gran Canaria e percebeu que era obrigatório escolher entre três opções de género: "Herr" ("Senhor"), "Frau" ("Senhora") ou "Fräulein" ("Menina").

Ao sentir-se discriminado, o passageiro mostrou o seu desagrado à companhia área que se recusou a chegar a um acordo extrajudicial.

• Nomes neutros e não-binariedade? “Não é uma moda, não é uma coisa de agora”

Por esse motivo, sabe-se agora que, em julho de 2023, o passageiro apresentou queixa na justiça alemã exigindo uma indemnização à Ryanair por "dor e sofrimento" no valor de 5.000 euros.

Além disso, de acordo com o jornal "Times", o passageiro exige ainda que a companhia aérea altere a sua plataforma de reservas para oferecer uma opção de título "neutro" nos termos de género.

O julgamento terá arrancado esta semana, em Berlim.