
No último comunicado, as Forças Armadas paquistanesas mencionam a morte de 40 civis, incluindo sete mulheres e 15 crianças, e 121 feridos, entre os quais 10 mulheres e 27 crianças.
O mesmo documento acrescenta que 11 soldados foram mortos e 78 feridos no Exército e na Força Aérea.
O conflito culminou no sábado, após um acordo de cessar-fogo entre as duas potências nucleares.
Esta é a primeira vez que o Paquistão admite baixas em combate.
O número é, no entanto, muito inferior à estimativa indicada por Nova Deli.
A Índia disse que "quase meia centena" de soldados paquistaneses foram mortos durante a crise, considerada a mais grave entre os dois países desde o início do século XXI.
No total, o número de mortos desde o início da última crise militar entre a Índia e o Paquistão aumentou para 115, de acordo com dados oficiais dos dois países, recolhidos pela agência de notícias espanhola, EFE.
O balanço provisório incluiu as 26 vítimas mortais - na maioria turistas indianos - na zona indiana de Caxemira, há três semanas.
Apesar do acordo de sábado, Islamabad afirmou hoje que o Paquistão mantém-se firme face à agressão, acrescentando que vão ser tomadas medidas sempre que se registar qualquer tentativa de desafiar a soberania ou a integridade territorial do país
O gabinete do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, tinha anteriormente informado que o Paquistão vai passar a assinalar todos os anos o dia 10 de maio, data em que Islamabad lançou a operação de contra-ataque à Índia nas horas que antecederam o acordo de cessar-fogo.
O ataque ocorreu durante a "Operação Bunyanum Marsoos" ("Muralha de Ferro"), de acordo com a designação militar paquistanesa.
Este foi o último de uma série de ataques num conflito que tem vindo a intensificar-se desde o ataque de Pahalgam, na Índia, em 22 de abril.
Nova Deli acusou o Paquistão de estar na origem do ataque.
A tensão agravou-se na madrugada de 07 de maio, quando a Índia lançou uma vaga de ataques, a ("Operação Sindoor"), contra instalações alegadamente utilizadas por "terroristas do Paquistão Oriental", principalmente em Azad Jammu e Caxemira.
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