O caso do ovo da Páscoa envenenado, que provocou a morte de duas crianças de 7 e 13 anos, continua a chocar Portugal. Segundo os mais recentes desenvolvimentos divulgados pela Polícia Civil, citada pelo portal brasileiro G1, o ovo de chocolate continha 'chumbinho' — um pesticida ilegal no país, sem cheiro nem sabor, frequentemente utilizado para matar ratos.

O caso aconteceu na semana da Páscoa no município de Imperatriz, no Maranhão, no Brasil. O ovo de chocolate foi entregue por um motoboy, como se fosse um presente, acompanhado de um bilhete dirigido a Mirian Lira, com a seguinte mensagem: "Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa."

Os dois filhos, um rapaz de sete anos e uma rapariga de 13, morreram com cinco dias de diferença depois de terem consumido o chocolate. A mulher, de 32 anos, ainda chegou a ser internada no mesmo, mas acabou por sobreviver.

POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO

Na sequência da investigação, a Polícia Civil deteve uma mulher de 36 anos, apontada como autora do crime, alegadamente motivado por ciúmes e vingança. A suspeita, que se encontra em prisão preventiva, é ex-mulher do atual companheiro de Mirian Lira.

De acordo com o G1, as autoridades revelaram que o veneno em questão foi encontrado no ovo de chocolate, no corpo das vítimas e nos pertences da suspeita.

O caso do bolo de Natal envenenado

O crime aconteceu a 24 de dezembro do ano passado em Torres, no Rio Grande do Sul. A suspeita, nora de uma das vítimas, terá colocado arsénio na farinha que utilizou para confecionar o bolo, servindo-o de seguida aos familiares.

Das sete pessoas que estavam na sala quando o bolo foi servido, apenas seis comeram. Destas, três acabaram mesmo por falecer: Maida e Neuza, irmãs de 58 e 65 anos, e Tatiana, filha de Neuza, com 43 anos.

Reprodução/Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul

As autoridades acreditavam que o crime terá sido motivado por uma desavença que durava há mais de 20 anos.

A autora do crime, Deise Moura dos Anjos, foi encontrada morta, no passado mês de fevereiro, numa cela da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba Julieta Balestro. Tinha sido presa cerca de um mês antes.