De acordo com a porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP, o detido, que estava num dos estabelecimentos comerciais alvo de busca, tinha na sua posse uma arma branca e uma quantidade de droga, alegadamente canábis (que agora vai para análise) superior à média diária despenalizada.
Nesta operação da Polícia de Segurança Pública (PSP), no Largo do Martim Moniz e que fechou a Rua do Benformoso, como foi visível em imagens recolhidas no local, algumas delas difundidas pelas televisões, foram ainda apreendidos cerca de 100 artigos contrafeitos e 4.600 euros em dinheiro.
Segundo os números provisórios, foram ainda elaborados dois autos de notícia por contraordenações relativas a estabelecimentos comerciais.
O enorme aparato policial na zona levou à circulação de imagens nas redes sociais, nas quais se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento.
Questionada a porta-voz do COMETLIS, a subcomissária Ana Raquel Ricardo, sobre esta questão, explicou que uma "operação especial de prevenção criminal dá legitimidade para fazer outro tipo de diligências, nomeadamente a revista de cidadãos que se encontrem no local e revista de viaturas" que por ali circulem.
A mesma responsável referiu que o contingente empregue "foi o necessário" para uma operação deste tipo, sem, contudo, revelar o número de profissionais envolvidos.
Segundo a PSP, participaram nesta operação meios das Equipas de Intervenção Rápida (EIR), das Equipas de Prevenção e Reação Imediata, de trânsito e à civil -- investigação criminal e fiscalização.
Num comunicado emitido hoje à tarde a divulgar a operação, o COMETLIS referia que a operação na freguesia de Santa Maria Maior teve como objetivo "alavancar a segurança e tranquilidade pública da população residente e flutuante" e que decorreu na zona da Praça do Martim Moniz, "área onde frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas".
O objetivo da operação, segundo a PSP, era "deter suspeitos da prática de crimes de posse ilegal de arma e apreender armas que eventualmente sejam encontradas no interior de veículos de suspeitos e aumentar o sentimento de segurança das pessoas que habitualmente utilizam os transportes públicos, espaços que dão acesso a estes, bem como nas áreas adjacentes, fiscalizando os utentes suspeitos dos transportes públicos".
Incidiu igualmente "em locais considerados e avaliados de maior risco, exemplo de cafés, associações, entre outros existentes nos locais, considerando a recolha de informações em fase de planeamento e execução das operações".
A operação decorreu em coordenação com a Unidade Contra o Crime Especialmente Violento (UECCEV) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
"É expectável que a operação potencie a segurança e tranquilidade públicas junto dos cidadãos nos locais referidos, bem como nas suas zonas envolventes, e permita controlar, detetar, localizar, apreender e prevenir a introdução, ou verificar a regularidade da situação de armas, seus componentes ou munições", referia a PSP no comunicado.
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