
O serviço ferroviário nunca registou um índice de pontualidade tão baixo como no ano passado. Estando a piorar desde 2022, o valor situou-se nos 78,3% em 2024. Esta percentagem nunca foi tão baixa desde que a Infraestruturas de Portugal (IP) assumiu a gestão da Rede Ferroviária Nacional.
De acordo com o Jornal de Notícias, que cita o último relatório e contas da IP, obras nos carris e greves são as principais razões para os atrasos. Só em 2024, 21,7% dos comboios da CP - Comboios de Portugal não cumpriram o horário estipulado.
Assim como pode ler-se no documento da IP, “o Índice de Pontualidade Global nos primeiros 12 meses do ano foi de 78,3%, 11,7 pontos percentuais abaixo da meta estabelecida”.
Os que mais contribuem para esta “fraca performance global” são os “tráfegos de médio curso, com índice de pontualidade de 64%, e o suburbano de Lisboa, com índice de pontualidade de 86%”. Também os tráfegos de Alta Qualidade e Intercidades “obtiveram valores baixos, 34% e 42% de índice pontualidade respetivamente, influenciando o valor global.
“O valor registado em 2024 é inferior ao de 2023 (83,3%), o que reflete o agravamento das condições em que a infraestrutura é disponibilizada para a circulação de comboios”, pode ler-se no documento disponibilizado no site da IP.
Estes números são referentes tanto à CP - que circula por todo o país - como à Fertagus - que apenas faz a travessia entre Setúbal e Roma Areeiro, em Lisboa.