
Estas posições de claro afastamento foram assumidas pelos líderes do Chega e da AD -- coligação PSD/CDS logo no início do frente-a-frente televisivo, na SIC, no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.
Questionado se mantém o "não é não" político que colocou para as eleições de 2024 em relação ao Chega, o primeiro-ministro confirmou que esse princípio se conserva válido para os sociais-democratas e considerou "impossível" governar com o partido de André Ventura.
Apontou depois três razões. Segundo Luís Montenegro, o Chega "não tem fiabilidade de pensamento" e "comporta-se como um cata-vento" político; André Ventura apresenta "um pendor destrutivo" e "não tem vocação de Governo"; e o Chega de André Ventura "não tem maturidade nem decência".
André Ventura reagiu a estas palavras do primeiro-ministro, contra-atacando que o Chega é destrutivo no combate à corrupção e nas críticas, por exemplo, às políticas do Governo para a saúde.
"Luís Montenegro só quer muletas como a Iniciativa Liberal e o CDS. Não contará connosco", respondeu o presidente do Chega.
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