Após cinco dias de conflito, os líderes da Tailândia e do Camboja chegaram à Malásia para negociar um acordo de paz. Segundo a agência de notícias Reuters, um oficial malaio confirmou o início das conversações com vista a um cessar-fogo.

Embaixadores dos Estados Unidos nos dois países em conflito também estiveram presentes na reunião. Tailândia e Camboja trocam acusações mútuas sobre o início da guerra. Os tailandeses colocam em causa a fiabilidade do vizinho asiático. Não temos confiança no Camboja, as ações deles até agora refletiram falta de sinceridade na resolução do problema, disse o primeiro-ministro em exercício, Phumtham Wechayachai. O Camboja violou a lei internacional, mas toda a gente quer ver a paz. Ninguém quer ver violência que afeta os civis.

Os cambojanos negam as acusações de que terão disparado sobre civis, enquanto afirmam que a Tailândia colocou os próprios cidadãos em risco durante o conflito.

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, afirmou que o propósito desta reunião é chegar a um cessar-fogo imediato, iniciado pelo Presidente Donald Trump e aprovado pelos primeiros-ministros do Camboja e da Tailândia. No domingo, os Estados Unidos afirmaram que não negociarão acordos comerciais com os países antes do final do conflito.

A tensão entre os países tem-se intensificando desde a morte de um soldado cambojano num desentendimento na fronteira em maio. Este é o conflito mais mortal no sul da Ásia em mais de uma década.