As autoridades ordenaram este sábado a retirada de mais de 60 mil residentes do centro do Japão devido a inundações causadas por fortes chuvas, que já causaram um desaparecido.
Cerca de 44.700 residentes das cidades de Wajima, Suzu e Noto, na província de Ishikawa, foram forçados a abandonar a área, disseram as autoridades locais.
Até às 11:00 (03:00 em Lisboa), foram confirmadas inundações em cerca de dez rios da região, disse Masaru Kojima, um responsável do Ministério da Terra.
Três desses rios transbordaram e as inundações atingiram comunidades próximas, disse o responsável à agência de notícias France-Presse, acrescentando que estão a ser avaliados os danos sofridos em edifícios e infraestruturas.
Uma pessoa está desaparecida em Wajima, onde vários edifícios foram inundados e estradas ficaram bloqueadas por deslizamentos de terra, informou o ministério, em comunicado.
Pelo menos uma casa foi atingida por um deslizamento de terras, avançou a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres japonesa, que não adiantou mais pormenores.
Meteorologista alerta para "chuvas torrenciais de magnitude sem precedentes".
A Agência Meteorológica do Japão colocou a província de Ishikawa em alerta máximo, alertando para perigos mortais.
Um meteorologista da agência, Satoshi Sugimoto, avisou para a ocorrência de "chuvas torrenciais de magnitude sem precedentes".
A televisão pública japonesa NHK transmitiu imagens das ruas de Wajima submersas.
Wajima e Suzu estão entre as cidades mais atingidas pelo sismo de magnitude 7,5 ocorrido a 01 de janeiro, que fez pelo menos 236 mortos no centro do Japão.
A região ainda estava a recuperar do abalo, que destruiu edifícios, destruiu estradas e provocou um grande incêndio.
Cerca de 16 mil residentes das vizinhas cidades de Niigata e Yamagata, mais a nordeste, também receberam ordem de retirada, de acordo com a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres.
Os níveis de precipitação no Japão atingiram níveis recorde nos últimos anos em várias partes do país, com inundações e deslizamentos de terra por vezes mortais.
Os especialistas acreditam que as alterações climáticas estão a aumentar a frequência, a intensidade e a imprevisibilidade destes fenómenos.