Homan explicou, em entrevista ao jornal The Washington Post, que as autoridades de imigração vão deter adultos com filhos menores em centros com tendas ou barracas, semelhantes às utilizadas durante as vagas migratórias.

Apelidado por Trump como "czar das fronteiras", Homan disse ainda que o governo não vai ter em conta se os menores são nascidos nos EUA e, por isso, têm cidadania norte-americana.

"O problema é o seguinte: sabiam que estavam no país ilegalmente e decidiram ter um filho. Portanto, foram vocês que colocaram a vossa família nessa situação", afirmou.

Homan disse que caberá às famílias decidir se os deportam e aos seus filhos de volta aos seus países de origem ou se os deixam nos EUA.

O governo de Joe Biden, em 2021, pouco depois de ter chegado ao poder, encerrou os centros de detenção para famílias migrantes que funcionavam nos Estados Unidos com quase 3.000 camas e que foram abertos durante a administração de Barack Obama (2009-2017).

"Vamos ter de construir instalações para as famílias. O número de camas de que vamos precisar dependerá do que os dados indicarem", disse.

Homan foi diretor do ICE durante o primeiro mandato de Trump e é considerado o arquiteto da controversa política de separação das famílias migrantes.

Trump prometeu, durante a última campanha eleitoral, deportar milhões de imigrantes sem documentos, uma promessa que Homan está encarregado de cumprir.

Depois de 2018, Tom Homan foi comentador na Fox News até 2022, ano em que começou a contribuir para o Projeto 2025, que apoiava a candidatura de Donald Trump contra Kamala Harris.

Durante a administração de Barack Obama, em 2013, foi nomeado para diretor executivo de operações de execução e remoção do ICE, e começou a defender a tese de que separar as crianças dos seus pais iria desencorajar a travessia ilegal das fronteiras.

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