1 - Kamala à conquista do centro e dos independentes
O que terá levado Kamala a dizer, na conversa com Oprah, que "se alguém invadir a minha casa levará um tiro"? Claramente, mostrar aos eleitores do centro e aos independentes que não devem ver nela uma radical esquerdista. A ex procuradora-geral da Califórnia puxou das suas credenciais securitárias e deixou bem claro que condena a infração da lei e se preocupa com a segurança. Mesmo que para isso seja preciso recorrer a uma arma.
Na Convenção de Chicago, Tim Walz fez as despesas do tipo próximo da "Middle America", que conhece a América rural, tem uma arma e fala sem peias. Desta vez, a líder do ticket a fazer saber que também tem uma arma. No evento "Unite for America", Kamala contou com Oprah e outras celebridades (Julia Roberts, Chris Rock, Meryl Streep) para fazer uma espécie de comício virtual. Winfrey organizou o evento Unite for America em parceria com o grupo de activistas Win with Black Women, com o objetivo de incentivar ao registo para o voto sobretudo em estados como a Pensilvânia, a Geórgia e o Michigan, estados cruciais para as contas de uma eleição Kamala.
2 - A “firewall” de Trump: Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia
Se para Kamala o caminho para a vitória parece estar nos três da Rust Belt (Wisconsin, Michigan, Pensilvânia), para Trump a via para a vitória surge no triunfo na Pensilvânia a juntar a Carolina do Norte e Geórgia (dois estados que até há quatro anos eram solidamente republicanos).
Na Pensilvânia Trump surge um ponto à frente na The Hill/Emerson (48/47, 15 a 18 set) e dois pontos à frente na InsiderAvantage (50/48, 14 e 15 set), com um empate na Marist (49/49, 12 a 17 set). Na Carolina do Norte, Trump surge com um ponto de atraso para Kamala (49/48, The Hill/Emerson), mas um à frente no Carolina Journal/Cignal (46/45, 15 e 16 set). Quanto à Geórgia, Trump aparece três pontos à frente (50/47) no estudo The Hill/Emerson, com empate no American Greatness/TIPP (48/48, 16 a 18 set). Enquanto isso, a diferença aperta no Michigan. Kamala tem apenas 0,7% de vantagem em estado onde chegou a estar quatro pontos de vantagem. Os “Uncommited” muçulmanos do estado, que não apoiaram Biden, voltam a não apoiar Kamala por causa de Gaza; mas haverá explicações económicas locais também.
As últimas sondagens no voto popular e nos estados decisivos parecem indicar novo empate técnico, depois de pequena subida Kamala pós debate.
Uma interrogação: Em que medida o aumento da instabilidade no Médio Oriente pode influenciar a eleição de 5 de novembro?
Todos os Presidentes dos Estados Unidos da América
13 – Millard Fillmore (1850-1853) Vice-Presidente: vaga não preenchida durante o mandato
Partido: Whig
Foi congressista pelo Upstate de Nova Iorque. Eleito vice-presidente, viria a assumir a Presidência pela morte de Zachary Taylor.
14 – Franklin Pierce (1853-1857) Vice-Presidente: William R. King
Partido: Democrata
Democrata do Nordeste, via o movimento abolicionista como uma ameaça à União. Assinou o Kansas-Nebraska Act, que reduzia a influência desses movimentos.
15 – James Buchanan (1857-1861) Vice-Presidente: John C. Breckinridge
Partido: Democrata
Advogado e político, foi Secretário de Estado dos EUA na presidência Polk e congressista da Pensilvânia nas duas câmaras do Congresso. Ficou para a história como o Presidente que não conseguiu impedir que o país caísse numa guerra civil, pela fratura entre Norte e Sul sobre a questão da escravatura. Mas tentou reduzir o papel federal no tema.
(amanhã: Abraham Lincoln, Andrew Jackson, Ulysses Grant)
Uma sondagem:
VOTO POPULAR NACIONAL -- Kamala 47 / Trump 47
(NYT/Siena, 11 a 16 set)