A polícia brasileira deteve na segunda-feira a mulher suspeita de ter envenenado vários familiares na véspera de Natal. Três pessoas morreram e uma continua hospitalizada.
O crime aconteceu a 24 de dezembro em Torres, no Rio Grande do Sul. A suspeita, nora de uma das vítimas, terá colocado arsénio na farinha que utilizou para confecionar o bolo, servindo-o de seguida aos familiares.
Crime motivado por desavença familiar
Das sete pessoas que estavam na sala quando o bolo foi servido, apenas seis comeram. Destas, três acabaram mesmo por falecer: Maida e Neuza, irmãs de 58 e 65 anos, e Tatiana, filha de Neuza, com 43 anos.
No hospital continua internada Zeli, a terceira irmã, com 61 anos. O marido de Maida e o neto de Neuza, de 10 anos, já tiveram alta. A suspeita, Deise Moura dos Anjos, é nora de Zeli.
As autoridades acreditam que o crime terá sido motivado por uma desavença que durava há mais de 20 anos, mas não revelaram mais detalhes.
Bolo tinha 2.700 vezes mais arsénio que o permitido
Nas análises feitas às vítimas, foi detetada a presença de arsénio em níveis “tão elevados que são considerados tóxicos e letais. Isso explica a causa da morte”, explicou Marguet Mittmann, especialista em perícia criminal, à CNN Brasil.
A vítima com maior concentração de arsénio tinha 350 vezes mais do que a quantidade permitida nos alimentos. Numa análise ao bolo, a quantidade de arsénio detetado era 2.700 vezes superior ao limite permitido.