
Num artigo publicado pelo Rodong Sinmun, o regime norte-coreano abordou o discurso do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, na sexta-feira, em que advertiu que os bombardeamentos israelitas tinham como alvo instalações nucleares iranianas, o que poderia levar a uma "fuga maciça de radiação", e classificou as ações como violações flagrantes do direito internacional.
Pyongyang também condenou os ataques israelitas como uma "invasão militar" e acusou Israel de cometer "massacres sistemáticos" contra os palestinianos e de querer agora estender uma "guerra de agressão" contra o Irão.
Num outro artigo publicado no mesmo dia, o Rodong Sinmun citou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que manifestou "grande preocupação" com os ataques israelitas e alertou para o facto de o mundo estar a "escassos a centímetros de uma catástrofe nuclear".
Zakharova criticou ainda a passividade da comunidade internacional face ao que descreveu ser um "cenário de pesadelo".
Pyongyang ainda não noticiou os ataques aéreos norte-americanos contra as instalações nucleares iranianas, levados a cabo na manhã de domingo (hora coreana), o que pode dever-se ao facto de os meios de comunicação social no país costumarem noticiar os acontecimentos no dia seguinte.
A Coreia do Norte denunciou na quinta-feira a recente ofensiva israelita contra o Irão, afirmando ser um "ato hediondo" e "ilegal de terrorismo de Estado".
O país asiático acusou Israel e os aliados ocidentais, especialmente os Estados Unidos, de terem aumentado o risco de uma nova guerra no Médio Oriente.
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