A investigação à agressão ao ator Adérito Lopes, ocorrida na passada terça-feira junto ao teatro “A Barraca” passou para a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária (PJ).

A SIC sabe que a investigação estava com a PSP, mas o Ministério Público, que abriu inquérito na quarta-feira, entendeu mudar o órgão de polícia criminal.

Em causa podem estar crimes de ódio, que são da competência da PJ.

Ator apela à investigação "exemplar" de "vil ataque" de que foi alvo

Adérito Lopes já reagiu à agressão de que foi alvo. Em comunicado, disse que “vil ataque” tem de ser “exemplarmente investigado e punido pela justiça”. O ator diz que “não pretende pronunciar-se publicamente” de forma a “não prejudicar a investigação que a situação justifica”.

Explica que a posição “não é motivada por medo, mas pelo facto de entender que é à justiça que cabe resolver este assunto e também por não querer transformar este incidente num trampolim publicitário ou numa oportunidade mediática a favor do agressor e/ou de grupo de que alegadamente fará parte”.

A agressão aconteceu no passado dia 10, antes de entrar para um espetáculo no teatro Cinearte, da companhia "A Barraca". Adérito Lopes foi agredido com um soco no olho, provavelmente com uma soqueira ou com anéis, cerca de uma hora antes do espetáculo, revelou à SIC fonte próxima que estava no local no momento das agressões.

O suspeito das agressões faria parte de um grupo extremista intitulado "Portugueses Primeiro". À SIC, fonte ligada à investigação garante que o suspeito de 20 anos está há muito referenciado.