A partir de 20 março e até 31 de maio estão abertas as candidaturas ao PNT – Prémio Nacional de Turismo 2025 em cinco categorias. Ao Turismo Autêntico, Turismo Gastronómico e Turismo Inclusivo adicionam-se, nesta sétima edição, duas novidades: Turismo Azul e Turismo Comunitário.

O Turismo Azul procura premiar projetos turísticos onde o elemento Água é parte integrante do modelo de negócio, seja através dos ambientes aquáticos naturais como o mar, os oceanos, zonas costeiras, rios, lagos ou albufeiras. Pretendem-se projetos que reforcem a atratividade turística do destino, contribuindo para a redução da sazonalidade e para uma melhor gestão dos fluxos turísticos.
Abarca ainda as estruturas artificiais com tratamento de água que criem atrações aquáticas sustentáveis, promovam o uso sustentável dos recursos hídricos, sem os comprometer e preservando os ecossistemas, nomeadamente os marinhos e costeiros e a educação ambiental. Procura também distinguir os projetos que fortaleçam as economias locais, contribuindo para a preservação dos recursos a longo prazo, biodiversidade e os habitats aquáticos, e em particular, o recurso Água.
Quanto ao Turismo Comunitário, premeia projetos que impactem positivamente a melhoria da qualidade de vida da comunidade onde estão inseridos, estimulem a colaboração e a comunicação entre a comunidade local e os turistas. Para concorrer a esta categoria, os projetos devem promover medidas e benefícios com impacto a longo prazo na comunidade residente, em particular nos grupos mais vulneráveis. Deve ainda contribuir para sensibilização e integração dos visitantes na comunidade onde o projeto se insere, além de promover o conhecimento e respeito pela autenticidade, história e cultura.
Podem ainda concorrer à nova categoria, projetos que promovam transformações reais no território em prol da comunidade, fortalecendo o sentimento de pertença e coletividade de quem aí vive, assim como todos os que valorizem a experiência turística, respeitando as tradições e dando a conhecer a história e a cultura.
As restantes categorias que têm permanecido desde a primeira edição do PNT referem-se ao Turismo Autêntico que reconhece projetos que focam a valorização do património, recursos naturais e o saber-fazer que distingue Portugal. O Turismo Gastronómico, naturalmente, diz respeito a projetos que promovem a gastronomia local e/ou regional, valorizando os produtos endógenos, enquanto o Turismo Inclusivo foca projetos que comprometidos em garantir que todos os turistas, independentemente de condições físicas, sensoriais, cognitivas ou outras, possam desfrutar das riquezas culturais e naturais do país, criando experiências turísticas acessíveis, acolhedoras e que criem memórias duradouras.
Promover, incentivar e distinguir as melhores empresas, práticas e projetos do sector em Portugal é o grande objetivo do PNT - Prémio Nacional de Turismo, uma iniciativa do Expresso e do BPI. Conta com o alto patrocínio do Ministério da Economia e do Mar, com o Turismo de Portugal como parceiro institucional e com a Deloitte, enquanto knowledge partner.
Nesta sétima edição do PNT pretende-se premiar os negócios e/ou projetos portugueses que se distingam como casos de sucesso, enquadrados nas categorias de Turismo Autêntico, Turismo Gastronómico, Turismo Inclusivo, Turismo Comunitário e Turismo Azul e distinguir uma Personalidade pelo contributo para o sector.
As candidaturas devem ser efetuadas exclusivamente online, na página do Prémio Nacional de Turismo, após efetuado o registo na plataforma de candidaturas .

Prémio Nacional de Turismo
Prémio Nacional de Turismo Matilde Fieschi

Turismo com valor para todos

Este é um “momento de celebração do setor do turismo, da qualidade, excelência, autenticidade, inovação e inclusão”, destaca Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, na apresentação da 7.ª edição do PNT, destacando a superação da barreira histórica de “27 mil milhões de euros de receitas de que Portugal beneficiou em resultado da atividade turística”. O valor representa “quase 10% do PIB nacional, mais do que um PRR, e isto acontece todos os anos”, sublinha.

“Estamos num momento de criação de uma estratégia nova, para 2035, uma visão a 10 anos, mas que possa ser ajustada à rapidez com que o mundo muda rapidamente” destacou o responsável, apontando para os pilares do setor: “empresas, organizações públicas, numa parceria público-privada que penso será a que mais sucesso terá em Portugal”, apontou, sublinhando a importância estratégica de “penetrar nos mercados internacionais e apresentar uma proposta de valor mais autêntica e genuína, capaz de vencer pela qualidade e não pelo preço” e focando ainda as “420 mil pessoas” que trabalham no setor.

“Aquilo que nos move é criar valor para as comunidades, residentes e aqueles que vivem em Portugal porque o turismo é um instrumento que temos para melhorar a qualidade de vida das pessoas” o que só se consegue criando mais valor que possa ser distribuído “de forma mais justa, equitativa, chegando a todos os territórios e a todos. Não tenho dúvidas de a grande ambição do setor é construir um turismo com valor para todos”, concluí.

Prémio Nacional de Turismo
Prémio Nacional de Turismo Matilde Fieschi

Diamizar, modernizar e estimular o setor

A abertura do evento de lançamento do PNT 2025 ficou a cargo de Ana Rosas Oliveira, Administradora BPI que fez questão de “valorizar o extraordinário contributo da BTL”, uma Feira em que “sente-se o turismo, a vida, a motivação e o impacto em termos do nosso país”. “O BPI tem uma parceria estratégica com a BTL deste 2016 e renovámos a nossa posição de banco oficial da BTL, o que é mais uma evidência do nosso compromisso e a forte ligação com o setor do turismo”.

Ana Rosas Oliveira salientou ainda que “o BPI apoia empresas, projetos e profissionais na concretização dos seus projetos, contribui há décadas para a dinamização, digitalização e modernização, transformação e crescimento sustentável do setor do turismo”. Assegurou também que o BPI “apoia e continuará a apoiar o turismo, a apostar no setor, financiar, divulgar, estimular e premiar todos os projetos com impacto no nosso país e que nos tornam diferentes”.

Desafios para os próximos 10 anos

Seguiu-se um debate subordinado ao tema dos “Desafios para os próximos 10 anos” que contou com a presença de Elsa Marçal, Vogal da Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal e dois dos premiados do PNT em 2024. O Parque Biológico Serra da Lousã, representado por Fátima Ramos, que abordou o Turismo com propósito social (Prémio Turismo Inclusivo 2024), e Oh My Cod Food and Cultural Tours (Prémio Turismo Gastronómico 2024) apresentado por Sílvia Olivença. A moderar o debate esteve Ricardo Costa, Chief Content Officer Impresa que referiu a “grande satisfação na associação do Expresso, mais uma vez, a esta iniciativa”. O Prémio Nacional de Turismo, referiu, “já se transformou num evento anual da BTL e de todo o ecossistema do turismo em Portugal e da economia portuguesa. Todos os anos quando os prémios são lançados vemos o seu contributo para o PIB e todos os anos melhorando e expandindo, do ponto de vista quantitativo como também qualitativo”.

Relembrou ainda que “Portugal tem conseguido melhorar e absorver uma quantidade que muitos entendiam não ser possível, de número de turistas, equipamentos, empregados, pessoas que trabalham no setor, empresários, capitais, tem havido procura para a quantidade e para a qualidade. No último verão foi evidente, houve muitas queixas sobre o preço, mas é uma boa notícia para o setor e para economia em Portugal”.

Sobre o Prémio Nacional de Turismo, Ricardo Costa salientou que “todos os anos são introduzidos novos prémios porque os projetos que estão a ser criados, em função das alterações da oferta e da procura do próprio setor, são projetos que merecem ser premiados, uma vez que são espaços e conceitos novos que o público e os turistas procuram. Para o ano aqui estaremos e já sabemos que este é um dos setores que certamente continuar a crescer. A economia portuguesa deverá ter um crescimento de 2,5% e já sabemos que havendo crescimento em Portugal o contributo do turismo lá estará. Para o ano, cá estaremos e provavelmente com novas categorias.”

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