
Por detrás deste ambicioso redesenho digital está o WYgroup, através das suas empresas Bliss Applications, WYcreative e WYperformance. Durante meses, as equipas mergulharam num processo de escuta, análise e cocriação que envolveu não apenas técnicos e designers, mas sobretudo os verdadeiros protagonistas do sistema: os cidadãos.
“Sabíamos que não estávamos apenas a trabalhar para um cliente, mas para todos os cidadãos e empresas do país“, afirma André Gil, CEO do WYgroup. “Este projeto foi um exercício de enorme responsabilidade. O nosso foco foi desenhar soluções reais para necessidades reais, com impacto humano e social.”
A empreitada começou com um olhar crítico e cuidadoso para o que existia: auditorias técnicas, avaliações de experiência do utilizador (UX/UI), análises de SEO e inquéritos realizados de norte a sul de Portugal. O objetivo foi perceber como as pessoas interagem — ou tentam interagir — com a Segurança Social. Que frustrações enfrentam? Que respostas procuram? E, sobretudo, como pode a tecnologia ser aliada na construção de um serviço mais empático?
O novo portal (www.seg-social.pt), agora disponível ao público, é o resultado visível desse esforço. Pela primeira vez, a informação institucional e a área da Segurança Social Direta estão integradas numa única plataforma. Os conteúdos estão organizados de forma mais clara e acessível, permitindo que qualquer pessoa — independentemente da idade, literacia digital ou condição — possa navegar por “momentos de vida” e simular prestações sociais com facilidade.
Mais do que uma nova cara, trata-se de uma nova linguagem visual e funcional. A arquitetura de informação foi redesenhada com base em dados comportamentais e testes de usabilidade. Um novo Design System, transversal para web e mobile, foi desenvolvido a pensar em acessibilidade, inclusão e eficiência. O processo incluiu moodboards, jornadas do utilizador e workshops colaborativos com os stakeholders da Segurança Social, garantindo que o resultado final fosse mais do que apenas estético: funcional, empático e verdadeiramente útil.
A vertente técnica da implementação foi assegurada pelo Instituto de Informática, cuja responsabilidade foi garantir a robustez, escalabilidade e segurança da nova plataforma. Tudo isto, sem perder de vista o essencial: servir melhor quem precisa.
Com a confiança nas instituições públicas a vacilar com frequência, projetos como este ajudam a restaurar uma ideia simples, mas poderosa: o Estado pode — e deve — estar ao serviço das pessoas. E a tecnologia, quando usada com propósito, pode ser a ponte entre o que somos e o que ainda podemos ser.