A Câmara Municipal de Santiago do Cacém, a Fundação Galp e a Associação Just a Change voltaram a unir esforços para transformar realidades habitacionais no concelho. O novo protocolo, assinado no passado dia 23 de maio, na Biblioteca Municipal Manuel José “do Tojal”, em Vila Nova de Santo André, prevê a recuperação de oito habitações em condições precárias, devolvendo dignidade a famílias em situação de fragilidade social.

O investimento global previsto ronda os 120 mil euros, com a autarquia a garantir um apoio financeiro até 20 mil euros. Esta renovação surge na sequência dos bons resultados obtidos em 2024, ano em que o programa permitiu reabilitar quatro casas no concelho, com benefícios evidentes para os moradores.

“O ideal seria que este protocolo não fosse necessário”, declarou Sónia Gonçalves, vereadora com o pelouro da Ação Social, sublinhando que o projeto “tem um impacto muito positivo, mas espelha também a dimensão do problema habitacional que enfrentamos”.

Guilherme Fogaça, diretor-executivo da Just a Change, revelou que a confiança gerada no primeiro ano levou ao alargamento da meta para oito reabilitações em 2025. “O nosso trabalho é devolver dignidade habitacional a quem vive em condições degradantes. Muitas vezes isso passa por algo tão básico como reparar um telhado ou construir uma casa de banho que nunca existiu”, explicou.

A Refinaria de Sines e a Fundação Galp mantêm-se como pilares essenciais nesta missão. Nuno Oliveira, representante das duas entidades, destacou a importância do envolvimento local. “A Fundação quer estar próxima de quem faz a diferença. Este é um dos nossos compromissos e vamos reforçá-lo com a participação de voluntários da refinaria”, afirmou.

O programa insere-se numa lógica de voluntariado corporativo e cooperação interinstitucional, procurando melhorar as condições de habitabilidade e combater a exclusão social. As intervenções focam-se em residências que, por via da degradação, se tornaram impróprias para viver, mas que, com apoio técnico e humano, voltam a ser espaços de conforto e segurança.

Ao renovar este protocolo, o município reforça a aposta num modelo de intervenção eficaz, que alia solidariedade, cidadania ativa e responsabilidade social corporativa.