
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, repudia os constrangimentos que se voltaram a verificar, no serviço de urgência de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Segundo indicações do CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes, afecto à Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, não é possível receber doentes no período compreendido entre as 13h45 do dia 4 e as 08h30 do próximo dia 14.
Em nota enviada ao Diário do Distrito, Paulo Silva é citado afirmando que «este encerramento coloca em causa a saúde da população do nosso concelho e dos municípios vizinhos, sendo que ainda recentemente se verificou o encerramento de cinco dias das urgências do serviço de ginecologia e obstetrícia, incluindo o bloco de partos, do referido hospital, que teve como consequência a realização de um parto dentro da ambulância».
Para o autarca, «o encerramento sucessivo de serviços de urgência, nomeadamente obstétrica, e do bloco de partos daquele hospital é um sinal preocupante, cujos sucessivos governos parecem não querer ver.
É absolutamente necessário que se proceda à valorização das carreiras médicas e de enfermagem, de forma a fixar profissionais no Serviço Nacional de Saúde. É cada vez mais urgente que o hospital do Seixal saia do papel e seja construído, dando resposta aos nossos munícipes».
O concelho do Seixal tem vindo a lutar pela construção de um Hospital há mais de duas décadas, desde 2001, com iniciativas de entidades e cidadãos, que levou à criação da «Plataforma Juntos pelo Hospital», para reivindicar a necessidade do hospital no concelho e lembrar o quanto este equipamento é importante para a população.