
O líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, apresentou hoje a candidatura numa lista própria do partido a Vila Franca de Xira, estabelecendo como desafios a redução de impostos, o reforço da ação social e a segurança.
Na apresentação da candidatura, no Adro do Mártir Santo, Paulo Núncio destacou que não nasceu em Vila Franca de Xira, autarquia do distrito de Lisboa, mas “aprendeu a conhecê-la”, a “respeitar a terra” e “a senti-la como sua”, salientando que já representou o concelho “com orgulho” como deputado municipal do CDS-PP.
Na sua intervenção, a que a Lusa teve acesso, o candidato destacou que foi quando desempenhava esse papel que o partido conseguiu “algo histórico”, que foi “a primeira redução do IMI em Vila Franca de Xira”.
A redução de impostos está precisamente entre os principais desafios que a candidatura centrista elege para os próximos quatro anos, propondo a devolução de 5% de IRS às famílias e acabar de vez com a derrama municipal para as empresas.
No âmbito da ação social, dentro das competências que foram descentralizadas recentemente para as câmaras municipais, o CDS-PP propõe “mais justiça, critério e proximidade”, para “apoiar quem realmente precisa” e “sem deixar ninguém para trás”.
Nesse sentido, o candidato defendeu a necessidade de apoiar as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e o terceiro setor, os idosos, os deficientes, as famílias numerosas e “as instituições que defendem a vida humana”.
O reforço da segurança é também prioridade da candidatura, com mais policiamento de proximidade, aposta na iluminação, na reabilitação urbana e “na videovigilância para melhor prevenir e melhor combater o crime”.
“Também pegaremos de caras o tema da habitação, cuja carta municipal proposta e aprovada pelo CDS na Assembleia Municipal ainda não saiu da gaveta por culpa do PS”, acrescentou.
Entre os temas principais defendidos pela candidatura estarão ainda a saúde, “sempre com o doente em primeiro lugar, sem complexos ideológicos”, os transportes, “defendendo a ferrovia e a mobilidade dentro do concelho e na Área Metropolitana de Lisboa, e a defesa do mundo rural e dos agricultores, “uma causa de sempre do CDS”, sublinhou.
Paulo Núncio destacou que encara a política “não como um palco, mas como um dever”, como uma “missão” e como um “serviço”.
“Há 50 anos que Vila Franca de Xira vive sob o domínio da esquerda. Cada voto no CDS é um voto para libertar o concelho deste garrote rosa-vermelho”, salientou.
Paulo Núncio confidenciou ainda que, nos últimos dias, ouviu dizer que não se deveria candidatar em Vila Franca, porque “é um concelho difícil para o CDS”.
“Pois bem, é exatamente por isso que aqui estou. Porque um político não escolhe os combates fáceis”, sublinhou, acrescentando que “é nas praças difíceis que se veem os verdadeiros forcados da política”, numa alusão à tauromaquia, atividade importante no concelho vila-franquense.
O candidato centrista realçou igualmente que a candidatura que lidera é do CDS-PP, mas vai muito além do seu eleitorado tradicional, uma vez que é “aberta, plural, feita com independentes, com cidadãos sem partido, com gente que nunca votou CDS” e “de todos os que acreditam que Vila Franca pode mais e merece mais”.
Além da candidatura de Paulo Núncio para a Câmara de Vila Franca de Xira foram até agora divulgadas as candidaturas de David Pato Ferreira, pela coligação Nova Geração (PSD e IL), e a de Cláudia Martins, como candidata da CDU (coligação PCP/PEV).
O executivo de Vila Franca de Xira é composto por cinco eleitos do PS (incluindo o presidente), três da CDU, dois da Coligação Nova Geração (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) e um do Chega.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.