
Encontra-se em consulta pública o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo à construção de uma linha elétrica de Alta Tensão que atravessará diversas localidades do Alentejo Central e do Baixo Alentejo. O projeto em questão é a Linha Elétrica Alqueva-Divor, abrangendo áreas nos concelhos de Arraiolos, Évora, Portel, Redondo e Vidigueira.
A linha elétrica proposta visa estabelecer a ligação entre a subestação de Alqueva, localizada no município de Vidigueira, e a subestação do Divor, situada no município de Évora. Este empreendimento específico refere-se à Linha Elétrica Alqueva-Divor a 400kV, destinada a realizar a conexão aérea entre as referidas subestações. De acordo com o projeto de execução, a extensão total da linha será de 90 km, incorporando um total de 237 novos apoios.
O EIA agora em análise destaca a relevância de compreender e avaliar os potenciais impactos ambientais decorrentes deste projeto. Questões cruciais incluem a possibilidade de alterações no ecossistema local, potenciais riscos para a fauna e flora da região, e o impacto visual na paisagem.
Do ponto de vista científico, é imperativo considerar minuciosamente as implicações ecológicas que podem advir da introdução desta linha de Alta Tensão. O impacto nas espécies de aves locais, as mudanças nos padrões de migração e os possíveis efeitos nos recursos hídricos e na biodiversidade devem ser cuidadosamente avaliados.
A consulta pública oferece à comunidade local, ambientalistas e cientistas uma oportunidade para expressar preocupações, fornecer sugestões e participar ativamente no processo decisório. O equilíbrio entre as necessidades energéticas e a preservação ambiental é uma questão premente, e a análise científica detalhada desempenha um papel crucial na tomada de decisões informadas.
O debate em torno deste projeto destaca a importância de considerar o desenvolvimento sustentável, promovendo fontes de energia limpa e mitigando impactos negativos no meio ambiente. A decisão final sobre a implementação da Linha Elétrica Alqueva-Divor dependerá, em última análise, de uma avaliação equilibrada dos benefícios energéticos em relação aos potenciais danos ambientais.